quinta-feira, 7 de março de 2013

PAPA JÁ É GAÚCHO


ZERO HORA 07 de março de 2013 | N° 17364

NA REDE
O novo papa já é gaúcho, pelo menos no Twitter. Internautas brincam com a possibilidade de os hábitos gaudérios entrarem na Santa Sé


Em 1980, quando João Paulo II esteve em Porto Alegre durante visita ao Brasil, um coro de milhares de pessoas celebrava a presença do pontífice com um bordão que se tornou célebre: “ucho, ucho, ucho... o papa é gaúcho”. Três décadas depois, a poucos dias do anúncio do sucessor de Bento XVI, uma brincadeira nas redes sociais com a hashtag #papagaucho toma a internet em uma mistura de bairrismo exacerbado e fé na possibilidade de o Santo Padre vir a ser do Estado.

As postagens ganharam o Twitter há três dias e chegaram aos trending topics – assuntos mais comentados do site – em questão de horas. O viral ganhou força quando, no sábado, o jornal italiano La Stampa apontou o gaúcho de Cerro Largo e arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, 63 anos, como um dos mais cotados para assumir o trono de São Pedro. Além de Scherer, dom Cláudio Hummes, 78, natural de Brochier, no Vale do Caí, figura entre os cinco cardeais brasileiros com direito a votar e ser votado no conclave, que deve escolher um novo papa antes da celebração da Páscoa.

Usuários do Twitter passaram a fazer analogias dos afazeres na Santa Sé com a rotina e hábitos gaudérios. Incluíram o chimarrão e o biscoito Pastelina na celebração da Santa Ceia, o hino rio-grandense como a nova oração da igreja, as palavras “bah” e “tchê” em substituição ao “amém”. Um dos internautas sugeriu ao músico Humberto Gessinger, vocalista da banda Engenheiros do Hawaii, lançar uma edição comemorativa do hit dos anos 1980, O Papa É Pop, em um kit com CD, DVD e Blue-Ray.

Se no Rio Grande do Sul as postagens exaltavam o orgulho gaúcho, fora do Estado, #papagaucho ganhou outra conotação. Perfis do centro do país, em sua maioria de São Paulo e do Rio de Janeiro, brincavam com a dubialidade da hashtag.

“E essa tag aí #papagaucho? kkk Para pessoas de mente poluída é um prato cheio!”, defendeu a porto-alegrense @Biris– em meio às piadas contra os usuários do Estado.

ALEXANDRE ERNST


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