domingo, 18 de novembro de 2012

RISCOS NAS PRAIAS


FATORES QUE INFLUENCIAM AS PRAIAS
fonte: http://www.polmil.sp.gov.br/unidades/17gb/mar_02.htm

BURACOS

São depressões de até vários metros de diâmetro escavados na areia pela ação das ondas. Crianças pequenas podem estar pisando em água pelos calcanhares e facilmente passar a ter água sobre sua cabeça.

BANCOS DE AREIA E VALAS

Vala (trough) é um canal escavado pela força das ondas paralelamente à praia, sendo sua ocorrência mais comum em praias rasas. A extensão da vala pode ser grande, normalmente correndo nela uma corrente lateral, que vai cair numa corrente de retorno. É sempre limitado interna e externamente por bancos de areia. o que é um risco para o banhista, que pode passar de água rasa para profunda rapidamente, mas que ajuda, pois estará sempre a poucos passos ou braçadas de uma profundidade rasa. Nas valas a direção da corrente lateral segue a direção das ondas, quando entrarem diagonalmente, ou a direção das águas. Seu reconhecimento é semelhante aos canais de correntes de retorno, podendo, ainda, ser fixos, móveis ou permanentes. Bancos de Areia e valas são encontrados onde uma corrente lateral persistente cortou um canal no fundo próximo à praia. Os formatos destas valas variam, mas têm às vezes 2 ou 3 metros de profundidade e se estendem por muitos metros paralelamente à praia antes de se direcionarem para o mar. As valas alcançam desde poucos metros até 50 metros de largura. Águas correndo em uma vala procurando uma saída mar adentro podem se mover mais rápido que um banhista pode nadar. Bancos de areia podem ser atrações decepcionantes para nadadores fracos. Ver que outros nadadores estão de pé em águas rasas mar adentro pode encorajar um nadador fraco a ir até lá, não percebendo que profundidades maiores estão entre ele e seu objetivo, e podem rapidamente se ver em condições acima de suas capacidades natatórias. Outra situação perigosa ocorre quando um banhista alcança um banco de areia na maré baixa e, mais tarde, tenta voltar, caindo numa vala agora profunda, que pode, inclusive, conter uma corrente lateral.

REPUXO

O repuxo é mais perceptível em praias de tombo, próximo à maré alta. Ocorre quando a água empurrada para a praia pelas ondas é empurrada de volta pela ação da gravidade, ganhando movimento pela inclinação do relevo. O retorno da água pode derrubar pessoas ou escavar a areia sob seus pés, e puxá-la então para águas mais profundas. Quando a arrebentação é grande, uma segunda série pode encontrar a água do repuxo, criando extensa turbulência, que pode ser particularmente perigosa para crianças e idosos. Correntes de retorno são pouco frequentes em praias de tombo e, quando existem, tendem a puxar por uma distância muito curta mar adentro; mas a combinação de repuxo com corrente de retorno em praias de tombo pode ser muito perigoso pela soma de forças.

CORRENTES DE RETORNO

As Correntes de Retorno, de acordo com levantamento estatístico do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, confirmado por estatísticas da USLA (United States Lifesaving Association) são a causa primária dos acidentes na praia, chegando a ser responsável por 80% dos salvamentos de afogamentos. A USLA as chama de "a máquina de afogar", por causa de sua habilidade quase mecânica de cansar nadadores ao ponto de fadiga e, como última consequência, ao ponto da morte. O perigo é ainda maior por serem as correntes de retorno invisíveis e até atrativas para os banhistas desavisados.



COMO SE FORMAM - as correntes de retorno variam em tamanho, largura, profundidade, forma, velocidade e potência. Elas são formadas, geralmente, da seguinte maneira: quando as ondas quebram, elas empurram a água acima do nível médio do mar. Uma vez que a energia da água é despendida (gasta), a água que ultrapassou aquele nível médio é empurrada de volta pela força da gravidade. Quando ela é empurrada de volta, contudo, mais ondas podem continuar a empurrar mais água acima daquele nível médio, criando o efeito de uma barreira transitória (temporária). A água de retorno continua a ser empurrada pela gravidade, e procura o caminho de menor resistência. Este pode ser um canal submerso na areia ou a areia ao lado de uma costeira ou pier, por exemplo. Como a água de retorno se concentra nesse canal, ela se torna uma corrente movendo-se para dentro do mar. Dependendo do número de fatores, esta corrente pode ser muito forte. Algumas correntes de retorno dissipam muito próximo à praia, enquanto que outras podem continuar por centenas de metros. É importante notar que as ondas não quebrarão sobre um canal submerso. Além disto, a força de uma corrente de retorno movendo-se para dentro do mar num canal tende a diminuir a potência das ondas que entram. A ausência de quebração resultante atrai banhistas incautos, que podem perceber águas relativamente calmas sobre um canal de uma corrente de retorno e pensar que estão escolhendo a área mais calma para o banho de mar, o que pode ser um erro mortal. Mesmo excelentes nadadores podem ser inúteis para auxílio numa corrente de retorno. A velocidade da água e o pânico causado por estar sendo puxado para o mar podem ser opressivos, desesperadores. Ao perceber que está sendo "arrastado" por uma Corrente de Retorno, o nadador deverá controlar o pânico, nadando em direção a uma das laterais da corrente - como se estivesse sendo levado por águas de um rio, nadar em direção à uma das margens - em sentido diagonal e a favor da correnteza. Sentindo que ultrapassou os limites da corrente, deve, aí sim, nadar em direção à praia.



CORRENTES LATERAIS

Uma corrente lateral, também chamada corrente paralela, corre asperamente paralela à praia. Essas correntes são frequentemente causadas por ondas que entram num ângulo diagonal com a praia, assim empurrando a água ao longo da praia depois de quebrarem as ondas. Elas podem arrastar banhistas por toda sua extensão a velocidades bem rápidas e alimentar uma corrente de retorno.  As Correntes Laterais são menos perigosas que as Correntes de Retorno por causa de que a tendência natural do banhista numa corrente é nadar em direção à praia. Uma pessoa numa Corrente Lateral nadando em direção à praia, estará nadando perpendicularmente à direção da corrente e deve conseguir alcançar a praia com certa facilidade.



ONDAS

As ondas causam problemas aos visitantes das praias por causa de sua tremenda força e energia, tanto para a frente, em direção à praia, quanto para baixo, quando quebram.  Muitas pessoas subestimam a força contida numa onda quebrando, e podem ser feridas pelo movimento para frente de uma onda. O movimento para frente das ondas pode derrubar banhistas, machucá-los ou colocá-los à mercê da água que rapidamente reflui depois de quebrar na praia (repuxo).  O movimento para baixo das ondas pode violentamente empurrar um banhista ou surfista para baixo, causando sérios traumas à cabeça, pescoço, costas e outras partes do corpo.  Ondas mergulhantes (caixote) em praias de tombo são particularmente responsáveis por causar ferimentos no pescoço e nas costas por causa da energia dispendida tão rapidamente na água rasa. Durante os remansos (períodos calmos entre séries de ondas), contudo, frequentadores das praias geralmente se aventuram mais do que deviam, para sofrer as consequências quando as séries maiores retornarem. Esta situação pode ser ilustrada pelo fato de que é durante tais remansos, imediatamente seguintes a séries mais altas, que as correntes de retorno e as laterais são mais fortes.



O MAR E A PRAIA

Análise Morfodinâmica das Praias

A graduando do Curso de Oceanologia da Fundação Universidade do Rio Grande, Fernanda Genael Koefel, em sua introdução monográfica sobre a "Morfodinâmica de Praias Arenosas Oceânicas: Uma Revisão Bibliográfica" considera que as praias arenosas oceânicas encontram-se entre os campos mais negligenciados do estudo científico dos ambientes costeiros, e ainda cita Komar (1976) que faz a seguinte observação: "aproximadamente dois terços da população mundial vivem numa estreita faixa adjacente à costa, tendo sido as praias e estuários os primeiros ambientes a sofrerem diretamente o impacto do crescimento demográfico mundial."

No Brasil a costa litorânea tem 9.200 Km, sendo as praias arenosas dominantes em quase toda sua extensão, exceto no extremo norte do país.

As praias arenosas oceânicas apresentam-se como sistemas de alta instabilidade, sendo dinâmicas e sensíveis por estarem sujeitas às variações dos meios de energia local. Sofrem ainda por serem retrabalhadas por processos eólicos, biológicos e hidráulicos. Destacam-se entre estes as ondas geradas pelo vento, as correntes litorâneas, as oscilações de longo período e as marés. Como consequência da atuação destas energias, as praias sofrem mudanças morfológicas e trocas de sedimentos com regiões adjacentes; atuam ainda as praias como zonas de tampão, protegendo a costa da ação direta da energia do oceano, sendo esta sua principal função ambiental.

PRAIA

Segundo aquela monografia citada, praias são depósitos de sedimentos arenosos inconsolidados sobre a zona costeira, dominados principalmente por ondas e limitados internamente pelos níveis máximos de ação de ondas de tempestade (ressaca), pelo início da ocorrência de dunas fixadas ou qualquer outra alteração fisiográfica brusca, caso existam; e externamente pelo início da zona de arrebentação (indo em direção à terra), ponto até o qual os processos praiais dominam francamente o ambiente.

Na praia distinguem-se as seguintes zonas, segundo a hidrodinâmica:

Zona de Arrebentação ("breaking zone") - é a porção de praia onde ocorre a quebração das ondas. A Zona de Arrebentação é a área compreendida entre a quebração mais distante e a mais próxima da costa. Pode haver mais de uma quebração nas praias. Isto ocorre quando há no ponto de quebra, em geral, a associação de um banco de areia, paralelo à costa, sendo seguido por uma vala. O número de zonas de quebração está, consequentemente, relacionado com o número de bancos de areia e valas existentes na praia. E o seu conjunto forma a zona de arrebentação. Há teorias, entretanto, que subdividem a zona de arrebentação em zona de arrebentação e zona de surfe ("surf zone"). Porém, o reconhecimento de suas diferenças é tão difícil na prática que seu estudo traria poucas implicações na atividade do Guarda-Vidas.

Zona de Varrido ("swash zone") - é definida como a região entre a máxima e a mínima excursão da onda sobre a face da praia. Logo após a zona de varrido pode acontecer uma feição deposicional de sedimentos chamada de berma. Devido às mudanças do nível da água, a zona de varrido torna-se seca e molhada alternadamente.

Subambientes praiais - além das zonas descritas, existem ainda nas praias os seus subambientes, que são assim definidos por Fernanda Gemael Hoefel:
Pós-praia ("backshore") - zona que se estende do limite superior do varrido até o início das dunas fixadas por vegetação ou de qualquer outra mudança fisiográfica brusca.

Face praial ("beachface") - identifica a parte do perfil praial sobre a qual ocorrem os processos da zona de varrido.

Praia Média - porção do perfil sobre o qual ocorrem os processos da zona de surfe e da zona de arrebentação, neste trabalho considerados ambos "zona de arrebentação".

Antepraia ("shoreface") - porção do perfil praial dominada por processos de refração, atrito com o fundo e empolamento ("shoaling"), que se estendem em direção ao mar, a partir da zona de arrebentação até o limite máximo da ação das ondas sobre o fundo.

Cúspides Praiais - ocorrem na pós-praia e zona de varrido, sendo idenficados por elevações transversais à praia, ladeadas por áreas de singela depressão, que muitas vezes abrigam correntes de retorno. São bem mais perceptíveis nas praias de tombo, e menos nas rasas.

TIPOS DE PRAIAS

Praias geralmente se encaixam em um dos cinco tipos existentes didaticamente de acordo com a teoria Australiana e três tipos de acordo com a teoria acadêmica Brasileira.

Associados a cada tipo de praia estão perigos característicos. Mudança do tempo e das condições das ondas pode significar que a praia se move de um estado para outro no espaço de algumas horas. A identificação correta dos tipos de praias pode ajudar o Guarda-Vidas a avaliar os perigos que podem ser encontrados numa praia determinada, a segurança relativa de uma praia, e as ações que podem ser necessárias para proteger os banhistas. A seguir teremos a classificação das praias conforme seus tipos e perigos, de acordo com a escola australiana, e depois a classificação segundo a teoria acadêmica brasileira.

CLASSIFICAÇÃO DAS PRAIAS

ESCOLA AUSTRALIANA

Praias Refletivas - praias refletivas se formam em áreas de ondas baixas. Elas são características por serem íngremes e rasas, geralmente compostas por areia grossa e ondas baixas (cerca de 0,5m de altura). Elas são geralmente encontradas nas entradas de portos e estuários e na parte de mais baixa energia de algumas praias oceânicas.
Estas praias não têm buracos de areias ou zonas de arrebentação; as ondas passam sem quebrar até a margem, onde elas colapsam ou sobem na face da praia.
As ondas baixas em locais mais protegidos de praias do tipo refletiva típicas geralmente proporcionam condições de banhos seguras. Estas praias, contudo, são caracterizadas pelas relativamente fortes ondas mergulhantes (caixote) e uma quebração que pode derrubar pessoas. A ausência de bancos dde areia também significa águas mais profundas próximas à costa, o que pode ser um problema para os que não sabem nadar e para as crianças.

Praias de Maré Baixa - as praias de maré baixa ocorrem onde a areia é de fina a média e as ondas atingem alturas médias entre 05, e 1,0 metro. Elas tendem a ocorrer em direção à mais baixa energia, e nas extremidades mais protegidas de praias longas em enseadas moderadamente protegidas, e em locais mais expostos onde a areia é fina. Praias de Maré Baixa têm tipicamente uma face de praia íngreme, com um banco de areia baixo e inexpressivo que se estende de 20 a 50 metros em direção ao mar, partindo da face da praia. Esta plataforma às vezes é exposta na maré baixa, com ondas quebrando pesado na borda externa do banco de areia. Na maré alta, as ondas podem atravessar o banco de areia sem quebrar na face da praia.  Praias de Maré Baixa são geralmente seguras, com ondas baixas e uma plataforma rasa; contudo, sob condições de ondas mais altas, ondas mergulhantes podem se desenvolver sobre a plataforma rasa, aumentando muito o risco de fraturas de coluna e pescoço. Correntes de retorno fracas e rasas podem também se desenvolver, o que pode ser um problema para nadadores fracos e crianças.

Praias de Banco de Areia e Correntes de Retorno - o tipo de praia com banco de areia e correntes de retorno é uma das mais comuns. Ocorre onde a areia é de fina a média e a média das ondas é de 1,0 a 1,5 metros. Praias deste tipo são diferentes de praias de maré baixa por duas razões. A primeira é que a praia é descontínua ao longo da costa, cortada por correntes salientes. A segunda, por causa da alternância de bancos de areia rasos com canais de correntes de retorno profundos.  Praias de bancos de areia e correntes de retorno têm uma zona de arrebentação que se alterna ao longo da costa entre um banco de areia ligado à face da praia e canais de correntes de retorno mais profundos. Como resultado a praia é mais irregular ao longo da linha costeira. As ondas quebram nos bancos de areia e se movem em direção á areia sobre a face da praia. A água então se move para os lados nos canais de alimentação das correntes de retorno, antes de voltar para o mar, através dos canais das correntes como fortes correntes de retorno. A Praia de Banco de Areia e Corrente de Retorno é um dos tipos mais perigosos. Os bancos de areia rasos atraem as pessoas para a arrebentação, mas muitos banhistas não percebem que cair para qualquer dos lados é mais fundo, pois há traiçoeiros canais e correntes de retorno.  Para os australianos, estas correntes de retorno são a causa de 96% dos salvamentos. Na maré baixa, as correntes de retorno são confinadas nos canais e se tornam mais fortes. Na praia de maré alta, correntes laterais se tornam o problema. Bancos de areia e correntes de retorno podem ser perigosos para todos, exceto para nadadores bem preparados. Banhistas devem ser orientados a se banharem no banco de areia, e guiados para fora dos canais de correntes de retorno.

Praias de Valas Laterais - praias de valas laterais são caracterizadas por ondas com 1,5m de altura ou mais, com um banco de areia contínuo correndo paralelo à praia de 100 a 150 metros mar adentro, e uma vala de 2 a 3 metros de largura entre o banco de areia e a praia. As ondas geralmente quebram no banco de areia, se refazem (engordam) na vala (depressão) e colapsam (quebram) na face da praia. As correntes de retorno geralmente atravessam o banco de areia entre cada 250 a 500 metros, mas são menos evidentes que aquelas das praias de banco de areia e corrente de retorno. Praias de valas laterais são perigosas. Elas causam a formação de ondas maiores e têm canais profundos e valas ocorrendo ao longo de toda a praia. Estas valas podem formar fortes correntes de retorno com redemoinhos de areia. Contudo, as ondas usualmente quebram primeiro no banco de areia mais dentro do mar, e são menores na face da praia, o que pode resultar em razoáveis condições de segurança na praia.

Praias Dissipativas - praias dissipativas ocorrem somente em praias de altíssima energia, geralmente depois de períodos em que as ondas tenham atingido alturas maiores que 2,5 metros. Areia fina deve ser um dos componentes. Estas praias são caracterizadas por zonas de arrebentação muito largas - de 300 a 500 metros - com dois, ou ocasionalmente, três bancos de areia, separados por valas, que correm paralelas à praia. A quebração das ondas começa com ondas derramantes no banco de areia externo (mar adentro), as quais reformam (engordam) para quebrarem de novo e talvez ainda novamente no banco de areia ou bancos de areias internos (mais próximos à costa). Praias Dissipativas são perigosas e só ocorrem em mar muito grande, de forma que a maioria das pessoas nem pensam em nadar nelas. As extremamente altas quebrações na zona de arrebentação externa são somente para os mais experientes banhistas, uma vez que ondas grandes e fortes correntes de retorno tornam difícil a volta segura à areia. Próximo à areia, o problema ocorre quando as pessoas são varridas da face da praia pelas ondas que colapsam na praia, e em seguida voltam para o mar.

ESCOLA ACADÊMICA BRASILEIRA

Praias Rasas - são aquelas em que a profundidade aumenta suavemente à medida em que vai se distanciando da zona de varrido, isto é, com pouca inclinação (ou declividade). A zona de arrebentação normalmente é larga. É comum a existência de mais de uma quebração, havendo, neste caso, a presença de valas entre elas, onde se formam as correntes laterais.
As ondas são, em geral, do tipo deslizante (derramante), podendo ocorrer também as mergulhantes (caixotes). São consideradas de grande perigo por ser difícil o retorno à praia em condições de mar alto, apesar de geralmente terem a aparência tranquila, o que pode transformá-la em traiçoeira. (Exemplos: praias de Santos e de Praia Grande no litoral do Estado de São Paulo).

Praias Intermediárias - são aquelas que possuem inclinação média, ocorrendo sua arrebentação a uma distância próxima da praia. O relevo do fundo é caracterizado por bancos de areia irregulares, onde quebram as ondas, sendo cortados por canais onde se desenvolvem as correntes de retorno, muito frequentes neste tipo de praia. Os bancos de areia são mais visíveis nas marés baixas, quando também são visíveis os perigosos buracos. As ondas tendem a crescer nas marés vazantes. As ondas nestas praias costumam ser mergulhantes (caixotes), podendo também ser deslizantes (derramantes). Nestas praias os grãos de areia costumam ser médios ou misturados. (Exemplos: praias da Enseada, Astúrias e Tombo, na cidade de Guarujá no Litoral do Estado de São Paulo).

Praias de Tombo - são aquelas que possuem relevo do fundo com grande inclinação, aumentando a profundidade abruptamente logo após a zona de varrido. A arrebentação é quase ausente, podendo eventualmente aumentar o tamanho das ondas, mas a quebra da onda ocorre sempre na zona de varrido. A areia é composta de grãos mais grossos.
Possui, logo após a face da praia, um degrau bem acentuado, chamado de berma, seguido de um declive muito mais acentuado ainda. A menos de um metro da zona de varrido a profundidade é suficiente para encobrir uma pessoa adulta. Na pós-praia os cúspides praiais são bem nítidos. Possuem correntezas de retorno fracas, mas que são acentuadas próximas a costeiras. Os riscos a que ela expõe o banhista são a profundidade, que aumenta abruptamente, e as ondas, que são predominantemente do tipo mergulhante (caixote), que, dependendo de sua potência no dia, pode atingir o banhista com força a arrastá-lo para o fundo, ainda que ele esteja na zona de varrido. São ausentes as valas e os bancos de areia. (Exemplos: praias de Maranduba e Massaguaçu, em Ubatuba, Litoral de São Paulo).

sábado, 17 de novembro de 2012

COMO OBTER BOLSAS DE ESTUDO

REVISTA ISTO É N° Edição:  2245

Ser aluno de instituições de ensino renomadas não está ao alcance apenas de quem tem recursos para bancar as mensalidades

por Fabíola Perez
 

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Estudar em instituições de ensino que são referência em suas áreas é uma meta que requer bom planejamento por parte dos estudantes. Na hora de colocar as despesas na ponta do lápis, porém, os custos elevados fazem com que muitos desistam de levar a ideia adiante. A boa notícia é que é possível reduzir – ou, na maioria dos casos, eliminar – o valor do investimento. Muitas instituições já abriram os processos de inscrição para bolsas de estudo em 2013. No Brasil, o programa Ciência sem Fronteira é um exemplo de iniciativa que pretende levar, até 2015, mais de 100 mil jovens para estudar em países como Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha e Itália. A seguir, descubra como conseguir uma bolsa de estudo.

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Fontes: Universia, Ministério da Educação e Fundação Estudar

QUANTO VALE A INTUIÇÃO?

REVISTA ISTO É N° Edição: 2245


Novos estudos comprovam que o processo intuitivo é muito mais racional do que se imaginava. E que o instinto é uma ótima ferramenta para tomar decisões na vida profissional e pessoal. Saiba como. 


João Loes



VENCENDO COM O INSTINTO
Ouvir e agir de acordo com a intuição já deu ótimos resultados
para pessoas das mais diversas áreas

É só prestar atenção nas grandes livrarias. Há alguns anos, o tema intuição deixou de frequentar apenas as estantes esotéricas e místicas e migrou para os títulos de psicologia, psiquiatria e neurociência. Dezenas de estudos científicos inundaram os escaninhos das mais prestigiosas universidades do mundo para comprovar que o instinto humano não só existe, como pode ser ensinado e aprimorado. “Há vencedores do prêmio Nobel estudando a intuição”, diz Eugene Sadler-Smith, professor de comportamento organizacional na Escola de Administração da Universidade de Surrey, na Inglaterra. Agora, ela também foi adotada no ambiente de trabalho. Empresas já tratam a intuição como característica desejável em entrevistas de emprego, Exércitos a utilizam para treinar soldados e companhias determinam estratégias de negócio com base nela, um processo mais racional do que se imaginava.


SINAIS
É raro, mas a intuição pode vir na forma de sonho. Cibele Felix sonhou
com o fim do relacionamento de 15 anos e a traição do companheiro

Profissionais das áreas de psicologia e neurociência definem intuição como uma habilidade do cérebro de processar informações inconscientemente, para depois apresentar, de forma sucinta, uma nova percepção da realidade. “O processo intuitivo se caracteriza pelo ato de pensar sem fazer esforço”, diz Tilmann Betsch, pesquisador do departamento de psicologia da Universidade de Erfurt, na Alemanha. Mas essa espécie de insight instintivo caminha lado a lado com a experiência, garantem os especialistas. É muito mais fácil, por exemplo, ter uma intuição depois de anos de profissão. A segurança do conhecimento faz brotar com mais facilidade a capacidade intuitiva, dizem.


APOSTA
Romero Rodrigues começou seu negócio na internet aos 21 anos com R$ 100.
Multimilionário aos 35, diz que suas decisões sempre tiveram um componente intuitivo

Presidente-fundador do site de comparação de preços Buscapé, o multimilionário Romero Rodrigues, 35 anos, afirma que sempre prestou muita atenção à sua intuição. Desde quando, aos 21 anos, fundou com três amigos a página da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), investindo R$ 100. Foi com a ajuda dessa percepção aguçada que ele buscou investidores nos primeiros dez anos do site, comprou concorrentes como o Bondfaro, do Rio de Janeiro, e vendeu o Buscapé, em 2009, para o grupo sul-africano Nespers, por R$ 600 milhões. “As vezes em que não dei atenção à minha sensibilidade, me dei mal”, diz o empresário.


EXPERIÊNCIA
Pesquisa da Universidade de Oxford mostrou que médicos que respeitam a própria
intuição são mais eficientes - caso da pediatra Cristiane Rios, que chega a dispensar exames

“Aos poucos a intuição está recebendo o valor que merece no ambiente de trabalho”, diz Eugênio Mussak, diretor de pesquisa da sessão nacional da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). Para Mussak, essa é uma qualidade que as pessoas ainda não colocam no currículo, mas já perceberam que tem potencial para fazer a diferença no dia a dia. Um estudo feito em 2011 pela Sloane School of Business, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), por exemplo, mostrou que 80% das decisões de posicionamento de marca e análise de mercado em grandes empresas americanas foram feitas com base na intuição de seus presidentes. A tendência foi confirmada em outro trabalho, de 2012, conduzido pela Universidade de Iowa, também dos Estados Unidos. Nele, ficou comprovado que em bancos de investimento corretores recorrem à intuição para decidir se devem ou não investir em uma companhia sobre a qual não há muita informação disponível. Até o Exército americano está debruçado sobre o tema. O Escritório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos criou um programa para estimular a intuição de seus soldados. Nele, foram criadas estratégias para fazer aflorar o instinto, por meio, inclusive, de simulações de batalhas virtuais. “Ela não só é importante, como em algumas situações acaba sendo o único recurso disponível na hora de tomar uma decisão”, diz David G. Myers, professor de psicologia da Hope College, nos Estados Unidos. “Ignorá-la é abrir mão de um poderoso recurso.”


ATENÇÃO
Gerente operacional de uma rede de franquias, Fabiana Cordeiro
usa seu poder intuitivo para selecionar candidatos franqueados

Carlos Fernando Siqueira Castro, sócio e fundador da Siqueira Castro Advogados, diz que sempre deu ouvidos à sua intuição, principalmente no ambiente de trabalho. Admirador de figuras como Ayrton Senna e Steve Jobs, notórios por sempre fazerem uso de seu instinto (leia quadro na página 73), ele fala como um verdadeiro entendido no assunto. “A intuição tem duas etapas”, afirma. “A primeira é o instinto em si, que muitas vezes se manifesta apontando caminhos diametralmente opostos aos que a razão e a análise sugerem.” A segunda é a coragem de agir de acordo com esse sentimento. “Essa é a parte mais difícil.” E o advogado conhece bem essa dificuldade. Foram muitos os momentos de ruptura na Siqueira Castro capitaneados por ele e questionados por muitos de sua equipe. Um deles foi a decisão de investir na federalização da rede, iniciativa pouco usual entre os escritórios de advocacia do País, dados os riscos e o volume de investimentos requeridos para marcar presença em todos os Estados. Ou, ainda, a expansão para mercados estrangeiros pouco tradicionais, como Europa e África, além da mudança da sede, originalmente no Rio de Janeiro, para São Paulo. “Entendo que são decisões que tomo com segurança por causa da minha experiência”, diz Siqueira Castro. “Mas essa segurança chega a mim quase sempre pela intuição.”


SATISFAÇÃO
Elaine Ishibashi seguiu a intuição e trocou uma bem-sucedida
carreira no mercado corporativo pelo empreendedorismo

É possível desenvolver a habilidade de agir por instinto. E a demanda por gente capaz de fazer aflorar essa capacidade, principalmente no ambiente de trabalho, vem aumentando. “Vimos o interesse pela intuição explodir nos nossos grupos”, diz Daniel Delarossa, sócio-fundador do Zymi Group Brasil, dedicado à formação de empreendedores, líderes e gestores empresariais por meio de coaching. Nas atividades que aplicava, Delarossa tinha pequenos capítulos dedicados à intuição no âmbito profissional e via brilhar os olhos dos empresários quando o assunto surgia. “Resolvemos, então, criar um módulo inteiro só de intuição no ambiente de trabalho”, diz Delarossa (leia quadro abaixo com orientações dele e de outros especialistas para você desenvolver sua intuição). O primeiro grupo se reúne este mês em São Paulo. Em sessão única com oito horas de duração, ele já conta com mais de 40 inscritos e, com o tempo, deve ser oferecido em outras capitais brasileiras como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Recife. “Também queremos levar o curso de intuição empresarial para dentro das empresas”, afirma Delarossa.


OPORTUNIDADE
O advogado Carlos Fernando Siqueira Castro costuma associar instinto
a coragem. Assim, tomou decisões ousadas como empresário

Na “Toca do Biscoito”, uma franqueadora carioca de lojas de doces, nunca foi ministrado um curso de desenvolvimento de intuição, mas Fabiana Cordeiro, gerente de expansão da marca, sempre se valeu dela. Quando recebe candidatos a novos franqueados, Fabiana precisa fazer uma avaliação rápida do perfil da pessoa que pretende abrir uma loja. E depois de mais de 500 avaliações, ela admite ter alguma sensibilidade. Certa vez, uma mulher bem arrumada e articulada apareceu na empresa querendo abrir uma filial. Rigorosa, a candidata anotava tudo, parecia entender do negócio e se mostrava excepcionalmente eficiente. “Tudo sugeria que ela seria uma boa franqueada, mas alguma coisa não me parecia certa”, afirma a gerente. O processo continuou sem sobressaltos até que um dia a tal candidata enviou um e-mail a seu advogado e, por engano, copiou Fabiana. Nele estava detalhado um maquiavélico plano. A moça queria abrir a loja para logo depois processar a franqueadora, numa espécie de golpe para recuperar o dinheiro investido e ainda receber alguma indenização. “Sabia que tinha alguma coisa errada”, diz Fabiana. “Se tivesse respeitado minha intuição, teria economizado tempo.”



Se no ambiente corporativo a intuição já ganha espaço, na medicina ela ainda é vista com ressalvas. Mas uma pesquisa conduzida pela Universidade de Oxford, publicada em setembro, começa a mudar essa escrita. Nela, 3.890 casos de atendimento pediátrico com crianças de 0 a 16 anos de idade foram esmiuçados e ficou evidente, pelo levantamento, que nas consultas em que os profissionais respeitaram a própria intuição, os tratamentos foram mais eficientes. “O treinamento deve deixar explícito que as suspeitas e os sentimentos inexplicáveis dos médicos são uma importante ferramenta de diagnóstico”, afirmava o texto do trabalho. A pediatra paulistana Cristiane Rios, 33 anos, sabe disso. Com dez anos de prática e seis de consultório, ela desenvolveu a habilidade de ler pacientes e seus pais aflitos logo que eles chegam para uma consulta. “Não é sexto sentido, é experiência que parece que se condensa na minha intuição”, diz ela, que chega a dispensar exames com base no seu instinto.



Apesar de os estudos se voltarem mais para o âmbito profissional, é sabido que a vida pessoal é terreno fértil para a exploração do instinto. Os lampejos intuitivos da professora de dança paulistana Cibele Felix, de 33 anos, por exemplo, a acompanham desde a infância e, recentemente, têm se apresentado com mais clareza e objetividade em seus sonhos. Foi enquanto dormia que Cibele viu o fim de um relacionamento de mais de 15 anos. “Não tinha nada de errado acontecendo entre a gente, tudo parecia bem, mas vivia tendo sonhos sobre o fim do relacionamento”, diz. Neles, o companheiro abandonava Cibele para viajar. Ela acordava aflita, com o coração apertado e desconfiada. “Minha intuição não costuma falhar”, diz.

Segundo especialistas ouvidos por ISTOÉ, não é comum sonhos trazerem manifestações intuitivas tão completas e diretas quanto as de Cibele. Em casos de fim de namoro, por exemplo, a intuição, principalmente em sonho, costuma vir na forma de uma mensagem mais cifrada, sugerindo um desconforto genérico com um homem que não precisa necessariamente ser o companheiro. “Em alguns casos, porém, acontece de a mensagem vir completa sim”, diz Liliana Wahba, professora-doutora de psicologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e analista junguiana, escola de psicanálise que dá especial atenção aos sonhos. “O que ela viu enquanto dormia traduziu, de forma objetiva, o que ela já vinha percebendo inconscientemente, mas não conseguia articular”, afirma Liliana. Os 15 anos de convivência deram a Cibele uma sensibilidade maior às mudanças do companheiro, mesmo quando nem ela percebia, de forma consciente, que algo nele havia mudado. Cerca de duas semanas depois do sonho, o relacionamento de Cibele acabou e ela chegou a antever, em outro sonho, quem era a nova namorada de seu antigo amor. “Às vezes essas histórias até me assustam”, diz ela.



Não deveriam. “A intuição não é mística, esotérica nem religiosa”, afirma a psicóloga Inês Cozzo. “Ela é simplesmente mais uma fonte de informação”, diz. Mas como não se assustar quando a intuição surge de forma cristalina, sugerindo mudanças que têm impacto tanto na vida profissional quanto na pessoal? Com a paulistana Elaine Ishibashi, 37 anos, foi assim. Profissional de marketing bem-sucedida, com passagens por grandes multinacionais, Elaine tinha tudo para seguir carreira. Qual não foi sua surpresa quando se viu impelida a largar tudo e abrir um negócio. “Passei anos reprimindo a intuição em nome da análise, dos relatórios de performance e das medições que o mundo corporativo exigia de mim”, diz Elaine. “Mas tomei coragem e resolvi dar ouvido à minha intuição.” A decisão teve impactos para além da vida profissional. Hoje Elaine vive com renda inferior à que tinha quando trabalhava com marketing e tem de conviver com os altos e baixos do empreendedorismo. “Mas estou mais feliz do que nunca”, diz ela, que espera ver seu negócio de impressão de fotos digitais deslanchar. Sua intuição diz que vai dar certo.

Fotos: Rogério Cassimiro; João Castellano/Ag. Istoé; Masao Goto Filho e João Castellano/Ag. IstoÉ - DIOGO MOREIRA/FRAME/AE; Fran Monks; Jeff Chiu/AP Photo; Jean-Paul Pelissier/Reuters

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A PROTEÇÃO DO AUTOR

09 de novembro de 2012 | 2h 07

OPINIÃO O Estado de S.Paulo

Prestes a ser votado pela Câmara, o projeto do Marco Civil da Internet ficará incompleto se não inserir, entre seus princípios, a proteção do direito autoral de criadores e produtores de conteúdos postados na rede mundial de computadores. O tema foi debatido na Academia Brasileira de Letras (ABL) por compositores, escritores e representantes de sociedades detentoras de direitos autorais, que defenderam a necessidade de inclusão desse princípio no projeto. No entanto, indiferente à necessidade de proteção imediata dos direitos dos autores, o relator da matéria, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), anunciou que retirará qualquer menção ao tema no substitutivo que elaborou.

Enviado pelo governo ao Congresso em agosto do ano passado, o projeto destina-se a suprir a lacuna decorrente da inexistência, até agora, de uma lei específica para o ambiente cibernético "que garanta direitos fundamentais e promova o desenvolvimento econômico e cultural", como justificou na época o Executivo.

Entre os princípios que devem balizar e disciplinar o uso da internet, o projeto original define a garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento; a proteção da privacidade; a proteção aos dados pessoais; e a preservação e garantia da neutralidade da rede. Mas não protege os direitos autorais.

Participante do debate "Criadores em defesa de seus direitos autorais", a presidente da ABL, Ana Maria Machado, reafirmou a "necessidade fundamental de respeito ao direito de remuneração do autor", pois o escritor "não pode passar a ser a única categoria de quem se espera que exerça sua profissão sem receber pagamento".

Foi esse o tom empregado por outros participantes do debate, que pediram ao relator do projeto na comissão especial criada pela Câmara para examinar o texto a inclusão do direito autoral.

Em relatório que concluiu há pouco, e que está disponível em seu site, Molon disse que o substitutivo por ele elaborado - e que altera apenas alguns pontos do projeto enviado pelo governo - trata dos direitos e garantias do cidadão na rede e regulamenta "aspectos primordiais" para a responsabilização dos intermediários e proteção dos direitos dos cidadãos. "Não tratamos de crimes eletrônicos, de questões relacionadas ao direito autoral ou de regulações específicas do setor de telecomunicações", afirmou o relator, pois esses são temas que, a seu ver, devem ser tratados em projetos específicos.

Após a realização do debate na ABL, no entanto, Molon admitiu que ainda estava em fase de conclusão do texto final do projeto e que levaria em conta a liberdade de expressão e as preocupações com o direito à honra e o direito autoral. Esperava-se que incluísse essas questões num novo relatório, elaborado com base nas últimas negociações. Mas, no que se refere à proteção do direito do autor, Molon deixou o tema para o Executivo, que promete apresentar um projeto mais amplo nos próximos meses.

Embora tenha sido discutido amplamente antes de seu envio ao Congresso e, depois, em várias reuniões na Câmara com especialistas de diferentes áreas ligadas à comunicação pela rede de computadores, o projeto contém pontos que ainda causam polêmica - e não foram alterados pelo relator.

O projeto prevê, por exemplo, que a retirada da rede de conteúdo publicado irregularmente somente poderá ser feita "após ordem judicial específica". Mas os participantes do debate na ABL, como outros interessados no assunto, defendem a manutenção do rito atualmente empregado, e que tem funcionado de maneira adequada, que é a retirada do conteúdo irregular após notificação extrajudicial. Trata-se de um processo mais simples, mais barato, mais rápido e que evita o maior congestionamento da Justiça.

Quanto à garantia da neutralidade da rede, é um ponto que precisa ser inteiramente preservado no projeto, para impedir tratamentos discriminatórios. O texto estabelece que o responsável pela transmissão deve tratar igualmente quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem ou destino.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

CULINÁRIA: FRANGO XADREZ

HOJE EM DIA, 29/10/2012 às 11h53:

Edu Guedes ensina receita rápida de frango xadrez

PREPARANDO UM CHURRASCO


R7 - 01/11/2012 às 12h55:

Hoje em Dia dá dicas de como preparar um churrasco


O churrasqueiro Lázaro deu dicas práticas de quantidade de carvão, sal, corte de carnes e espetos. Assista!





quinta-feira, 1 de novembro de 2012

APELLIDO BENGOCHEA

http://www.heraldicapellido.com

Historia y heráldica del apellido Bengochea.

Coat of arms and heraldry of family name Bengochea.


Genealogia del apellido Bengochea, origen del apellido Bengochea, escudo del apellido Bengochea, procedencia del apellido Bengochea.

Bengochea es un apellido del que sabemos que existe información de su heráldica, de su historia y de su genealogía.

Y aquí ponemos a disposición de los estudiosos del apellido Bengochea una importante información bibliográfica que recoge su heráldica y genealogía, que son un inicio de cara al estudio de este apellido.

El apellido Bengochea tiene escudo heráldico o blasón español, certificado por el Cronista y Decano Rey de Armas Don Vicente de Cadenas y Vicent.

Personas con el apellido Bengochea probaron su hidalguía en la Real Chancillería de Valladolid, según consta en los archivos de esta institución.

Se sabe que los Bengochea tienen o tuvieron radicación, entre otros lugares, en:
* País Vasco y/o Navarra.


Bibliografía que recoge la historia y el escudo del apellido Bengochea:

* Repertorio de Blasones de la Comunidad Hispánica, del Cronista y Decano Rey de Armas Don Vicente de Cadenas y Vicent.
* El Solar Vasco Navarro, de los hermanos Arturo y Alberto García Carraffa.


Ponemos a su disposición la heráldica, el escudo del apellido Bengochea en diversas formas, son productos del prestigioso Gabinete Heráldico. Las imágenes que aquí figuran son ejemplos y ninguna pertenece al escudo del apellido Bengochea:











El apellido Bengochea aparece recogido por el Cronista y Decano Rey de Armas, Don Vicente de Cadenas y Vicent, en su "Repertorio de Blasones de la Comunidad Hispánica", eso significa que el linaje Bengochea tiene armas oficiales certificadas por Rey de Armas. Dicho Repertorio de Blasones de la Comunidad Hispánica es la mayor obra de heráldica española, donde aparecen los apellidos con su heráldica como el apellido Bengochea ordenados alfabéticamente, con sus escudos. En dicha obra se han incluido el contenido de muchos manuscritos de la Biblioteca Nacional de Madrid y correspondientes a Minutarios de Reyes de Armas y recoge apellidos que como Bengochea son españoles o muy vinculados por unas u otras razones a España, por lo que los del apellido Bengochea están en esta tesitura. También se suman millares de escudos heráldicos y heráldica procedentes de varias Secciones del Archivo Histórico Nacional, así como de la Real Chancillería de Valladolid, Salas de los Hijodalgos y de Vizcaya, etc. En resumen, los del apellido Bengochea han realizado alguna prueba de nobleza o hidalguía.

El que el apellido Bengochea se encuentre en "El Solar Vasco Navarro" de los hermanos García Carraffa significa que los Bengochea son de origen vasco, navarro, o de otros lugares pero asentados en el País Vasco y/o Navarra. Los apellidos vascos se fueron formando tomando en cuenta los nombres de los lugares, y los personales variaban en cada generación e inclusive entre hermanos. Se tenía como costumbre tomar el nombre del solar para demostrar la posesión sobre el mismo. La denominación de las plantas, ríos, montes, bosques, peñas, campos les servían de inspiración. Se pueden distinguir términos, como el significado de los colores o piezas que integran los escudos, tener la información histórica nobiliaria del apellido Bengochea, conocer los pleitos de hidalguía de los Bengochea, ingresos a órdenes militares, saber sobre los títulos nobiliarios que puedan tener los del apellido Bengochea, oficios honoríficos o cargos públicos de los Bengochea.

* El apellido Bengochea figura en la lista de apellidos de Gabinete Heráldico por lo que su historia completa y escudo o escudos heráldicos pueden ser conocidos en su página web: http://www.heraldico.com