segunda-feira, 2 de agosto de 2010

DEIXAR DE SER OTÁRIO


A cada quatro anos somos chamados às urnas para depositar a confiança em nomes que possam mudar o cenário de desordens e violência que ameaçam as leis, as instituições, a paz social e a convivência em sociedade neste nosso país.

Nomes antigos e conhecidos da política brasileira continuam a receber o mandato do povo e outros novos assumem cadeiras e cargos no poder. Mas a mudança desejada não acontece, permanecendo as mazelas, os abusos com dinheiro público e a tributação elevada. Nas ruas continua o terror, o desrespeito, a desconfiança e a inoperância do Estado.

Vivemos embaixo de um guarda-chuva todo furado.

Uma Constituição esdrúxula e remendada; leis benevolentes, justiça morosa; insegurança jurídica; assistencialismo sem contrapartidas; tributação abusiva e oculta; sucateamento da saúde; educação deficiente; inoperância da segurança; desordem pública e jurídica; atos secretos; funcionários fantasmas; excesso de servidores no legislativo; uso indevido do agente e recurso público; ausência em plenário; farras com dinheiro público; corrupção; improbidades; imoralidades; troca de favores por cargos e privilégios; imunidade parlamentar; voto de bancada; voto obrigatório; salários iniciais exorbitantes e trabalho legislativo de apenas 3 dias por semana são mazelas praticadas, observadas e toleradas nos governantes deste Brasil.

http://votozero.blogspot.com

Nossa justiça está dominada por várias mazelas que a impedem de contratar mais juizes para atender a crescente demanda por justiça. É um judiciário moroso e burocrata que aplica as leis segundo interpretações alternativas e pessoais e centraliza tudo nas cortes supremas, relegando os tribunais regionais e os juizes naturais. Um judiciário distante da sociedade, dos delitos, das polícias, dos presídios e das questões de ordem pública. A legislação que deveria estabelecer limites e salvaguardar a nação é arcaica, esdrúxula e contaminada por vícios, divergências, interesses obscuros, corporativismo, privilégios, improbidades e imoralidades.

htto://mazelasdojudiciário.blogspot.com

No Brasil há depósitos de apenados pela justiça que não são julgados em tempo hábil e ficam em condições insalubres sob a guarda e custódia impune do Poder Executivo. Os presídios deveriam ser centros de punição e reabilitação, mas as leis que regem a execução penal não permitem o trabalho obrigatório, as regras de conduta são benevolentes, as celas ficam superlotadas, as galerias são calabouços, a disciplina não existe, e o criminoso perigoso não é tratado e nem cumpre a metade da pena, são soltos sob vários argumentos falaciosas, e nas ruas ficam a mercê do crime e da luta pela sobrevivência num ambiente de exclusão e incapacidade técnica.

http://prisional.blogspot.com

E os impostos? A CARGA TRIBUTÁRIA no Brasil é a mais alta do mundo e é comum o governo alardear os recordes de arrecadação que provam as somas abusivas cobradas do povo brasileiro em cima de DIREITOS SOCIAIS como educação, saúde, alimentação, trabalho, lazer e segurança em impostos, taxas e contribuições. Tudo isto para pagar as mais caras máquinas públicas do planeta Terra. Um Congresso com excesso de funcionários para um número exorbitante de parlamentares; um Poder Executivo que utiliza o assistencialismo sem cobrar contrapartidas para a nação; um Judiciário moroso, burocrata, com poucos juizes e muita demanda. Há poderes que consomem a maior parte do orçamento em salários iniciais próximos do teto, impedindo melhorias e eficácia.

http://infelicidadetributaria.blogspot.com/


Quero deixar de ser otário. Em todos estes espaços virtuais coloca para fora a minha indignação e a vergonha de ser mais um brasileiro impotente e subjugado pelo sistema e pelo regime instalado no Brasil.

Quero deixar de ser palhaço neste imenso circo armado para manter um "status quo" governante dito republicano, mas investido numa aristocracia às custas do sacrifício do povo brasileiro. A Constituição está toda remendada, as leis não são aplicadas e nem respeitada, a justiça é divergente, a autoridade não é respeitada, as questões de ordem são desprezadas e há um quarto poder sendo instalado.

Quero ter orgulho de ser brasileiro, de vestir as cores da bandeira, de proclamar as belezas naturais e de viver num povo acolhedor e trabalhador. A história mostra que o povo brasileiro não é pacífico como querem afirmar os governantes. Ele só está adormecido.

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