segunda-feira, 30 de maio de 2011

SUBTEN AMÉRICO BENGOCHÊA DE ARAÚJO É EXECUTADO AO REAGIR EM DEFESA DA ESPOSA ASSALTADA E AGREDIDA

Subtenente do Exército é morto em assalto na Capital. Os assaltantes fugiram levando a bolsa da companheira de Américo Bengochea de Araújo - DIÁRIO GAÚCHO - zero hora 30/05/2011 - FRANCISCO AMORIM

Militar tentava proteger a mulher de ladrões que queriam roubar a bolsa dela.

Ao reagir contra três assaltantes que tentavam levar a bolsa de sua mulher, o subtenente da reserva do Exército Américo Bengochêa de Araújo, 50 anos, foi morto a tiros ontem em Porto Alegre. O crime aconteceu na Rua São Guilherme, bairro São José, quando o casal retornava a pé para casa, a cerca de duas quadras do local do ataque.

Passava das 18h quando o casal foi abordado por três criminosos. O alvo era a bolsa da mulher do militar. Um dos bandidos teria tentado arrancar o acessório do braço dela. Ao ser empurrada, Marlene, 38 anos, foi jogada contra uma porta de ferro junto à calçada, caindo em seguida. Nesse momento, Araújo teria reagido.

Conforme o delegado Cristino de Castro Reschke, da equipe de Volantes da Polícia Civil, um dos assaltantes teria disparado contra o subtenente da reserva com um revólver calibre 38. A vítima não estaria armada no momento do assalto.

– Há seis perfurações, mas aguardaremos a perícia para apontar quantos tiros atingiram a vítima – disse o policial.

Em seguida, o trio teria fugido em direção ao Morro da Cruz, sem mais ser visto, apesar das buscas feitas pelas polícias Civil e Militar, que se estenderam durante a noite.

Araújo morreu no local, e sua mulher teve ferimentos leves decorrentes da queda durante o assalto. Até o final da noite, nenhum morador havia confirmado à polícia ter presenciado o crime.

– Eu só escutei os tiros e quando fui para o portão, vi o homem caído e a mulher desesperada – conta uma moradora que preferiu não se identificar com medo de represálias.

Conforme o coronel Leonardo Araujo, chefe da comunicação do Colégio Militar de Porto Alegre, apesar de já estar na reserva, o subtenente continuava trabalhando na corporação. Atualmente, a vítima atuava na seção de Pessoal da instituição de ensino.

– Era um homem pacato, sereno. Ele tinha muito medo de que alguém de sua família, sua mulher, sua filha, fossem vítima de assalto – afirmou o oficial.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Fica aqui registrada as nossas condolências à família enlutada e ao Exército Brasileiro, em especial aos que servem no Colégio Militar de Porto Alegre onde ele era querido e respeitado. Na reação para defender sua esposa foi executado, assim como estão sendo pessoas de bem neste cenário de insegurança, descaso governamental, morosidade e dependência política da justiça, omissão dos legisladores, ausência de policiais nas ruas e benevolências para a bandidagem.

Um comentário:

  1. Que perda terrível para todos nós, que conviveram, que conheceram ou que fizeram parte da instituição Exército Brasileiro. Trabalhei o com Sub Araújo na Ajudância Geral do CMPA e posso afirmar que se ele era, muito mais que um superior, era um amigo e pai. Sempre disposto a nos ajudar e aconselhar, não fazendo diferenciação entre patente ou graduação. Fica minha mensagem de carinho aos familiares e a todos que conheceram essa pessoa maravilhosa. Perdi um familiar e um amigo a pouco tempo, vítimas das mesmas circunstâncias na qual nosso querido SubTen Araújo foi covartemente assassinado por seres que não merecem a dignidade se serem chamados de pessoas ou humanos. Que tua morte não tenha sido em vão, que nossos órgãos de segurança percebam que a violência já saiu de controle a muito tempo.

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