domingo, 24 de agosto de 2014

CINCO DIAS PARA CONQUISTAR MULHERES

ZERO HORA 22/08/2014 | 21h12

O mestre da sedução. Especialista em sedução dá 5 dicas para conquistar mulheres. Fernando Fenix já treinou mais de dois mil homens no Brasil

por Felipe Martini


Fernando Fenix ensina técnicas de abordagem e linguagem corporalFoto: Felipe Martini / Agência RBS


O carioca Fernando Fenix largou a atividade de promoter de baladas no Rio de Janeiro para se tornar professor de uma arte muito conhecida, mas pouco dominada: a da sedução. Fernando comanda a filial brasileira da escola PUA Training, aberta em 2007 por Richard Gambler em Londres, na Inglaterra.

– Apesar de namorar algumas mulheres, sempre fui tímido. Decidi mudar isso e mergulhei no mundo da sedução. Li muitos livros e fui em diversos seminários. Até que conheci o Richard e firmamos essa parceria – conta.

Em Porto Alegre, mais de 200 homens já passaram pelo curso. Além do site, Fenix também possui um canal no YouTube, para esmiuçar dicas de conquista. A pedido de ZH, o professor deu cinco dicas para se aperfeiçoar na arte da sedução e se diferenciar dos homens não iniciados. As dicas, assim como o curso, são voltadas para homens heterossexuais.

1. Não hesite: para um homem, nada é mais frustrante do que trocar olhares com uma mulher e não ter coragem de abordá-la. É preciso tomar atitude e ter iniciativa. Iniciar uma conversa para conhecer melhor a pessoa. Não tenha medo.

2. Cuidado com a linguagem corporal: na balada, evite ficar com as mãos no bolso, com os braços cruzados ou grudado de costas para a parede. É preciso ter uma atitude positiva, uma postura relaxada e, quando conversar com uma mulher, é importante gesticular. Isso prende a atenção e desperta curiosidade nas mulheres que estão a sua volta.

3. Evite questionários e assuntos negativos: na hora de dialogar com uma mulher, é aconselhável explorar pontos da fala dela para criar linhas de conversação e gerar vínculo. Não concorde com tudo que ela falar para não entrar na friendzone. A mulher aprecia um homem de opinião e ponto de vista.

4. Repare nos detalhes: mulheres ouvem elogios sobre sua aparência o tempo todo. É preciso reparar nos detalhes e valorizá-los. As mulheres apreciam isso.

5. Encurte a distância e faça contato físico: não adianta o papo estar bom se não tiver o contato físico. Enquanto conversa, tente pegar na mão dela, mexer em seu cabelo. Se ela se sentir à vontade, tente abraçá-la. O beijo deve ser o ápice.


http://puatraining.com.br/


Conheça o curso que transforma homens em sedutores. Workshop ensina homens comuns a se tornarem mestres na arte da conquista


Curso de sedução ensina técnicas de abordagem e linguagem corporalFoto: Bruno Alencastro / Agencia RBS


Às 19h de uma sexta-feira nublada de novembro de 2013, o Bootcamp (treinamento intensivo de sedução) começa por uma apresentação informal. No centro de convenções de um hotel no Centro da Capital, um tímido gordinho de olhos azuis confessa:

– Não sou antissocial, mas tenho muita dificuldade de me relacionar com mulheres.

Em seguida, um moreno, baixo, de mais ou menos 30 anos e com sotaque interiorano pede a palavra.

– Fui militar durante quatro anos, o sistema recluso e a convivência diária com homens me deixou travado para abordar mulheres. Tive um namoro frustrado e agora que estou solteiro e quero aproveitar essa fase – diz.

Um a um, os sete alunos, vindos de diferentes partes do Rio Grande do Sul, se apresentaram. Em comum, além da recente retirada de cerca de R$ 1,2 mil da conta bancária, um objetivo: aprender a seduzir mulheres.

O Bootcamp é um dos cursos oferecidos pela PUA Training, uma empresa que oferece serviços de coaching e consultoria de imagem para homens heterossexuais, com sede em Londres desde 2007. A filial brasileira começou no início de 2011, trazida pelo empresário carioca Fernando Fenix. As técnicas ensinadas se baseiam no livro ”A arte natural da sedução” , da Editora Sextantede, escrito por Richard La Ruina, artista da sedução e fundador da sede britânica. As inscrições podem ser feitas através do site.

Em Porto Alegre, o workshop é ministrado por ex-alunos de Fenix, o estudante de Engenharia Rafael Antunes e pelo professor de Educação Física Ricardo Silva. O curso dura três dias e se divide em aulas teóricas e práticas. Primeiro, os participantes conversam sobre quais são os seus problemas e recebem dicas dos instrutores para melhorar suas habilidades sociais. Depois, nos chamados games, põem à prova os ensinamentos.

Os instrutores começaram o curso, expondo questões referentes à linguagem corporal, abordagem e características do macho alfa.

– O macho alfa precisa ter confiança, senso de liderança e uma linguagem corporal relaxada e empática – explica Ricardo.

– O importante na hora de abordar uma mulher é não ter medo de rejeição. É aconselhável não criar barreiras, não idealizar o momento perfeito. É preciso agir – complementa Rafael.

Após mais de 3 horas de explicação e conversa, o grupo partiu para o primeiro teste prático, também chamado de night game. Numa famosa balada sertaneja da Capital, os pupilos da sedução tinham um objetivo claro dado pelos instrutores. A missão daquela noite não era sair beijando toda a festa mas, sim, "abrir sets", ou seja, incluir-se no grupo feminino onde está o alvo, a menina desejada.

Muitos dos aprendizes sofreram de AA (ansiedade de aproximação). Após muitas tentativas e abordagens, a meta foi cumprida. Todos os alunos abordaram o número de mulheres estipulado pela meta.

2° dia

O começo do segundo dia serviu para avaliar a performance dos aprendizes. Guilherme*, estudante universitário, comentou a experiência:

– Sou tímido e meu peso sempre esteve ligado à minha autoestima. O desafio prático me mostrou que isso é uma crença limitante. Eu nunca tinha chegado em ninguém numa balada e ontem consegui abordar cinco. No início fiquei ansioso mas depois relaxei e curti.

Após os feedbacks, os instrutores deram dicas de abordagem para o chamado Day Game (abordagem diurna). Segundo os especialistas, as técnicas são diferentes, o nervosismo para abordar mulheres à luz do dia é normal e o approach tem que parecer espontâneo e despretensioso. Após a aula teórica, os alunos foram levados ao Parque Farroupilha com uma meta clara: aproximar-se de três mulheres e conseguir seus telefones ou seus perfis de Facebook. Após algumas horas, todos os estudantes voltaram sorridentes e com suas agendas mais recheadas.

No sábado à noite, todos retornaram ao hotel para mais aulas teóricas, onde foram exploradas técnicas de conversação, como gerar atração e como usar o toque.

– O toque tem que ser feito de forma escalada. Primeiro pegar na mão ou mexer no cabelo dela, depois abraça-la para só então tentar o beijo. Ela precisa se sentir a vontade com esse contato físico para relaxar e criar intimidade – explica o instrutor.

Após a aula, a parte prática foi numa balada eletrônica da Capital. O ex-militar Alexandre*, mais relaxado que na noite anterior, aplicou as dicas e prosperou:

– Consegui ficar com uma menina e pegar mais dois telefones. O meu crescimento pessoal foi absurdo – afirmou.

3° dia

O último dia de Bootcamp começou com uma reunião num grande shopping da Capital. Os alunos tiveram que se aperfeiçoar nas abordagens diurnas. Guilherme estava desmotivado. Apesar de perder o medo de conversar com pessoas do sexo oposto, não tinha conseguido sequer pegar um telefone no final de semana. Após uma volta para "mapear o terreno", ele vira eufórico pra mim e diz:

– Uma guria olhou pra mim e sorriu. Foi antes de subir a escada rolante – me avisou

– Então desce e vá falar com ela – aconselhei.

– Mas ela está sentada numa mesa com a mãe e com a irmã – ponderou.

Após algumas palavras de encorajamento e motivação, Guilherme tomou coragem e foi de peito aberto falar com a morena de semblante tímido, com quem tinha trocado olhares. Assisti a cena incrédulo. Após abordar a menina, ela o convidou para sentar, sorriu e ao final deu seu telefone. Como se tivesse ganho uma Copa do Mundo, o estudante veio eufórico me mostrar o troféu conquistado.

– Consegui. Consegui. Nunca tinha sentido algo assim. Estou muito feliz comigo mesmo – gaguejou em êxtase.

Após o exercício, os instrutores deram um feedback de cada um no curso. Os alunos se mostraram satisfeitos com o resultado e alguns até afirmaram que aquele final de semana tinha mudado suas vidas.

– É uma mudança gradativa. Sou outro homem, mais confiante e comunicativo. Descobri que muitos medos que eu tinha eram infundados e por isso o curso valeu a pena – concluiu Alexandre.


*Os nomes verdadeiros dos alunos foram trocados para preservar os entrevistados.

sábado, 9 de agosto de 2014

VIVER EM MIAMI

REVISTA ISTO É N° Edição: 2333 | 08.Ago.14


Cada vez mais brasileiros vivem na capital do sol e das compras. Saiba quem são eles e o que é preciso fazer para realizar esse sonho

Chris Delboni, de Miami, e Mariana Queiroz Barboza 






Foi com poucas malas e o sonho de experimentar a vida nos Estados Unidos que a empresária Ana Paula Mariutti, 45 anos, o marido, Alexandre, 46, e os filhos Thomas, 15, e Lucas, 13, desembarcaram no Aeroporto de Miami, na Flórida, no domingo 3. Sócia de duas escolas bilíngues em São Paulo, Ana Paula já estava acostumada a passar as férias na cidade ao menos uma vez por ano. Encantou-se tanto com o lugar que decidiu ficar em definitivo por lá. Os Mariutti vão morar em North Miami Beach, um paraíso a menos de dois quilômetros da praia, e assim se juntam aos 250 mil brasileiros que atualmente vivem na Flórida. A maioria deles, em Miami e arredores, como Fort Lauderlade e Boca Raton. “Sou atraída pelo estilo de vida americano, mas queria um lugar próximo de nossa realidade cultural”, diz Ana Paula. Não é recente o interesse dos brasileiros pela região. A novidade é que o fenômeno agora conhece um terceiro – e mais marcante – ciclo. Primeiro houve a invasão dos turistas, em meados da década de 1990. Depois, no final dos anos 2000, muitos deles descobriram que era vantajoso comprar um imóvel na cidade. Além de o custo ser inferior a similares vendidos no Brasil e da perspectiva de valorização do investimento, parecia ser um jeito de manter uma ligação com a cidade. Agora, nessa terceira fase, as pessoas simplesmente querem ficar – talvez para sempre.



Qual é a mágica de Miami que seduz tanta gente? Não são poucos os seus atributos. A cidade é daquelas raras que combinam beleza natural com vasta oferta de serviços. São 24 quilômetros de praias de areia branca e mar azul de frente para o Caribe. Mas isso pode ser encontrado em outros lugares. A diferença da capital do sol nos Estados Unidos é todo o resto que ela proporciona. Para quem gosta de ir às compras, talvez não exista melhor destino no mundo. Para os padrões brasileiros, seus preços são baixíssimos. Roupas, eletrônicos, computadores, itens de decoração, cosméticos, artigos para bebês, tudo custa bem menos. Quase sempre, metade do valor praticado no Brasil. Às vezes, um terço. Não é só. Em Miami, os serviços públicos funcionam. Os parques são bem cuidados. Os pedestres são respeitados no trânsito. Se a pessoa mora numa região central, dá para fazer tudo a pé ou de bicicleta. A sensação de segurança permite que se caminhe à noite, de frente para o mar, sem o pavor típico experimentado por quem vive em uma grande cidade brasileira. As escolas públicas são boas. Faz calor boa parte do ano. E Miami é perto de tudo. Até do Brasil. Para São Paulo, são oito horas de voo. Nova York, menos de três. Havana, a capital cubana, 40 minutos.



A maior deficiência de Miami, e que rendia críticas severas mundo afora, era sua irrelevância cultural. Mas isso está mudando. Se não é uma Paris ou uma Nova York, a região caminha para se tornar um centro cosmopolita. E parte dessa transformação se deve à extensa comunidade latina. Antes vista com certo preconceito, agora ela se insere na sociedade americana pela via mais nobre, a da arte e da cultura. Há seis meses, o antigo Miami Art Museum foi renomeado Pérez Art Museum, depois de um aporte de US$ 40 milhões do bilionário cubano-americano Jorge Pérez. Há muito mais. No inverno, a cidade respira cultura com a realização do Art Basel, reconhecido como um dos mais importantes eventos de arte contemporânea do mundo. Inspirado por essas transformações, o jornal britânico “The Guardian” classificou Miami como “a cidade mais excitante dos Estados Unidos”, um elogio e tanto vindo de uma das publicações mais sisudas da Europa. “Às vezes, Miami parece estar seguindo a fórmula de Londres: especulação imobiliária + arte contemporânea + boom de restaurantes + diversidade cultural = cidade global dinâmica”, escreveu o crítico de arquitetura Rowan Moore, em artigo recente.





Uma comprovação definitiva dessa tendência é o Design District, região que concentra grifes como Cartier, Louis Vuitton e Louboutin e que, nos últimos anos, ganhou novas galerias, estúdios e antiquários. Perto dali, o bairro de Wynwood fez de suas ruas uma grande galeria de arte alternativa, ao exibir grafites do mundo inteiro, inclusive do Brasil, presente com os desenhos dos Gêmeos. O País desempenha um papel relevante no amadurecimento cultural da cidade. Com uma galeria na Lincoln Road, em Miami Beach, o pernambucano Romero Britto foi um dos primeiros brasileiros a se instalar na região e a fazer sucesso entre americanos e latinos. Neste exato momento, a arte brasileira está em destaque na região. Até setembro, na Galeria Richard Shack do ArtCenter/South Florida, está aberta à visitação uma exposição da escultora e pintora paulista Laura Vinci. “Quando vim para cá de vez, não havia uma ligação relevante da cidade com a arte e a cultura”, afirma Paulo Bacchi, dono da loja de móveis de luxo Artefacto, com três endereços na Flórida e 11 no Brasil. Bacchi trocou São Paulo pelos Estados Unidos em 2002. Fez tanto sucesso por lá que se tornou líder no segmento de móveis de luxo na cidade. “Hoje, Miami é cosmopolita.”





A presença maciça de brasileiros tem forte impacto na Miami que surgiu nos últimos anos. Graças a eles, os restaurantes começaram a ficar abertos até mais tarde, como acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro. Por causa do Brasil, muitas lojas estimulam seus funcionários a aprender algumas palavras em português. Em 2013, 755 mil turistas brasileiros desembarcaram em Miami, segundo o órgão oficial de turismo da cidade – um avanço de 9,5% em relação ao ano anterior e de quase 20% sobre 2011. Na Flórida como um todo, que abriga os parques da Disney em Orlando, os brasileiros correspondem ao maior contingente de turistas estrangeiros, com 1,8 milhão de visitantes no ano passado e um desembolso total de R$ 5,7 bilhões no período. Isso provocou um aumento nos investimentos das companhias aéreas, interessadas na demanda cada vez maior. Até o fim do ano, a Azul deve inaugurar uma rota já utilizada pela Gol que liga Campinas, no interior de São Paulo, a Fort Lauderdale, a cerca de 40 quilômetros de Miami, com tarifas promocionais a partir de US$ 600. A American Airlines, que realiza voos diretos partindo de várias capitais do País, planeja fazer a mesma rota em breve.



No mundo dos negócios, os brasileiros provocaram uma revolução, especialmente no setor imobiliário. O movimento começou depois que a crise econômica de 2008 derrubou o preço dos imóveis no mercado americano. Atraídas pela ideia de pagar menos por uma casa de veraneio em Miami do que por uma propriedade no Rio ou em São Paulo, muitas pessoas começaram a procurar apartamentos para investir. Não por acaso, os brasileiros se tornaram o terceiro maior grupo de compradores de imóveis em Miami e arredores. “A procura é tanta que, nos próximos dois anos, eles devem liderar esse ranking”, afirma Claudia Murad, sócia da Unique Living Miami – Exit Realty Brickell. Para atender à crescente demanda, os serviços das corretoras se estenderam a recepção nos aeroportos, reserva de restaurantes, aluguel de carros e barcos e ao cuidado das casas enquanto os proprietários estão fora do país. No segmento de luxo, os brasileiros também representam fatia importante. Projetado pela arquiteta pop star Zaha Hadid, o One Thousand Museum, que tem apartamentos cotados entre US$ 5 milhões e US$ 15 milhões, já vendeu 28% de suas unidades a brasileiros, mais até do que para americanos.


REQUISITADO
O artista plástico pernambucano Romero Britto foi um dos primeiros
brasileiros a se instalar em Miami e fazer sucesso entre os americanos

Há dez anos, a imobiliária Elite International Realty recebia dois pedidos por mês de brasileiros interessados em se mudar para o sul da Flórida. Hoje são duas consultas por dia – e de pessoas que não querem baixar o padrão que têm no Brasil. Dona de uma casa de cinco suítes em Miami Beach, usada há três anos como refúgio da família em feriados prolongados, Cristiane Quitete Nogueira, 44 anos, quer se mudar de vez em 2015 com o marido, o empresário aposentado Marco Antônio Gomes Nogueira, 56, e a filha mais nova do casal, Antônia, 5. “Vou em busca de mais qualidade de vida e segurança”, afirma. A questão da segurança é um fator importante na escolha de muitas pessoas. A psicóloga Taluana Cabral, 35 anos, considerou três episódios de violência urbana sofridos por sua família em Santos para que decidisse pela mudança. “Vivia em estado de alerta”, diz. “Em Miami, tenho outro estilo de vida. Matriculei meus filhos numa escola pública de Key Biscayne e faço quase tudo a pé.”





Outro atrativo para os brasileiros é o dinamismo típico da sociedade americana. Ao contrário do que acontece no Brasil, montar um negócio nos Estados Unidos requer pouca burocracia. Para abrir uma empresa no ramo de logística, com instalações físicas e alvará de funcionamento, o empresário Junior Amaral, 46 anos, precisou de apenas um mês em Miami. Em São Paulo, chegou a esperar um ano e meio apenas por uma licença da prefeitura. Os brasileiros também estão descobrindo que obter um visto de permanência é menos complicado do que se imagina. Ainda que só a compra de um imóvel não garanta nenhum direito especial, empreendedores dispostos a investir a partir de US$ 500 mil num negócio que gere emprego a americanos ou residentes permanentes legais conseguem um visto de imigrante que, na maioria dos casos, se estende ao cônjuge e aos filhos menores de 21 anos. As licenças de moradia para não imigrantes são boas opções para os estrangeiros que ambicionam fazer um período de experiência nos Estados Unidos. Nesses casos, basta aos interessados se matricular em universidades e outras instituições de ensino, inclusive escolas de idiomas. Nunca foi tão fácil morar em Miami. Será que está chegando a sua vez?








domingo, 3 de agosto de 2014

ACORDO ENTRE INQUILINO E IMOBILIÁRIA


ZERO HORA 03 de agosto de 2014 | N° 17879


Justiça é a opção se não há acordo entre o inquilino e a imobiliária



Casos em que não há entendimento podem parar na Justiça. Como a Lei do Inquilinato não prevê uma parte hipossuficiente – mais fraca, com menos força na negociação –, a exemplo do Código do Consumidor, a disputa pode se arrastar por anos, e é difícil prever qual será o lado vencedor. É de praxe que a imobiliária represente o proprietário no processo.

Uma disputa judicial tirou o sono do bioquímico Éder Petry por dois anos. Inquilino de uma casa no IAPI, em Porto Alegre, conta que, ao entregar o imóvel, a imobiliária pediu que a pintura fosse refeita em uma área de infiltração.

– A tinta era fresca, e a infiltração havia causado um desgaste. A imobiliária pediu para eu chamar um pintor indicado por ela. Me neguei, e levei o caso à Justiça – afirma o bioquímico.

Na primeira instância, ele ganhou a disputa, mas a empresa recorreu e acabou vitoriosa. A nova pintura custou o equivalente a três meses de aluguel. Contratos mal terminados podem trazer problemas ao locatário. Enquanto não forem feitas as reformas pedidas, o aluguel pode continuar sendo cobrado. Em caso de não pagamento, o antigo inquilino pode parar em cadastros de inadimplentes. O contrato só é encerrado quando a imobiliária recebe as chaves, e o proprietário assina um recibo atestando que não há ônus.

– A melhor alternativa é buscar diálogo com a imobiliária e contar com o bom senso de todas as partes – afirma Leandro Hilbk, vice- presidente do Secovi.


O QUE O PROPRIETÁRIO PODE (E O QUE NÃO PODE) EXIGIR

Conforme a Lei do Inquilinato, a obrigação de quem aluga é devolver o imóvel nas mesmas condições em que recebeu no início do contrato. Veja questões que estão previstas na legislação e como proceder

CABE AO INQUILINO
-Fazer a pintura das paredes com tinta da mesma cor e qualidade da original, tapando furos de pregos ou parafusos, por exemplo.
-Entregar o imóvel com a estrutura de uso preservada (maçanetas, torneiras e interruptores) – afinal, é esperado que o locatário faça a manutenção regular do imóvel.
-Desfazer benfeitorias que tenham sido construídas no imóvel, como uma abertura interna, se isso for exigido pelo proprietário.
-Quitar todas as contas referentes ao imóvel até o final do contrato, como IPTU, luz, água e condomínio, assim como cancelar serviços de telefonia e internet e solicitar o desligamento da luz.

NÃO CABE AO INQUILINO
-Recuperar a infraestrutura do imóvel que esteja desgastada pela ação do tempo, como fiação falha, problemas de encanamento (o que inclui infiltrações) ou rachaduras na estrutura que não tenham sido causados pelo uso durante o contrato.
-Substituir partes enferrujadas na janela ou no portão da garagem, que já estavam no imóvel antes de sua chegada, assim como estruturas de madeira afetadas pela ação de cupins.
-Contratar empresas ou profissionais autônomos indicados pela imobiliária para efetuar os reparos exigidos no momento da devolução do imóvel.

QUESTÕES CONTRADITÓRIAS QUE DEPENDEM DE NEGOCIAÇÃO
-Consertar equipamentos que foram danificados com o tempo, como a estrutura de gás para esquentar água do chuveiro e centrais de cerca elétrica.
-Danos que podem ter ocorrido antes da chegada do inquilino, mas não constaram no laudo de vistoria, como portas lascadas e azulejos descolados.
-Deixar móveis embutidos, armários aéreos ou outros móveis acoplados pelo inquilino no imóvel durante o contrato.

O QUE FAZER PARA MELHOR A RELAÇÃO
-Peça sempre uma vistoria no início do contrato de aluguel e mantenha uma cópia. Registre exatamente como o imóvel se encontra, incluindo riscos em pisos e paredes, azulejos com problemas ou vidros trincados.
-Anexe à vistoria fotografias que mostrem o estado de móveis, portas, abertura de janelas e piso.
-Mantenha os comprovantes de todas as contas que digam respeito ao imóvel, como aluguel, IPTU e condomínio.
-Antes de fazer alguma modificação na estrutura do imóvel, peça permissão ao proprietário, através da imobiliária.
-Ao terminar o contrato de locação, solicite à imobiliária um termo de quitação que mostre que não há qualquer pendência.

USO PROLONGADO DO PC PREJUDICA OS OLHOS

ZERO HORA 03 de agosto de 2014 | N° 17879

CAMILA NUNES

SAÚDE. Uso prolongado do PC prejudica os olhos


MÉDICOS RECOMENDAM CUIDADOS para aliviar sintomas como fadiga visual e ressecamento



Passar horas e horas em frente ao computador pode ser inevitável para algumas pessoas. Por isso, tomar algumas precauções para preservar a saúde é altamente recomendado por médicos.

Um dos males mais frequentes sentido por quem fica muito tempo em frente a uma tela é a chamada Síndrome do Usuário de Computador – uma conjunção de fatores provocada pelo excesso de contato do olho com o monitor. A luz emitida pela tela causa fadiga visual, ou seja, sensação de cansaço nos olhos e dores de cabeça. Segundo o oftalmologista do Banco de Olhos de Porto Alegre Fernando Kronbauer, isso ocorre porque esses equipamentos eletrônicos são fontes de luminosidade, diferentemente da leitura em um livro, onde a luz ambiente é apenas refletida pelo objeto.

Outro sintoma é a diminuição da frequência com que piscamos. Mas por que piscar é tão importante? Porque esse ato ajuda na lubrificação dos olhos – quanto menos se pisca, maior a irritação, a ardência e a vermelhidão. O ar-condicionado também pode ser um inimigo para os olhos: como retira a umidade do ar, em excesso também contribui para o ressecamento e o desconforto.