quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

DICAS VESTIBULAR UFRGS



ZERO HORA 24/12/2014 e 25/12/2014 | N° 18023


TE LIGA NISSO. Dicas a 10 dias da UFRGS



É chegada a hora em que todo mundo aconselha que o vestibulando relaxe e ele só quer saber de fazer a prova logo. Como lidar com a espera? A primeira resposta passa por esta época do ano: não esqueça que as provas estão batendo à porta, mas lembre-se que esse é um período para celebrar e confraternizar.

O recomendado é que as festas em família não percam espaço para os livros – porém, é bom que eles continuem fazendo companhia. Nesse momento, ninguém se conhece melhor que o próprio vestibulando. Você acha que os estudos por tempo prolongado não estão rendendo e prefere aproveitar para descansar? Então mantenha uma rotina mais leve junto às apostilas.

Ou seu caso é o contrário, e só estudar no mesmo ritmo do resto do ano pode tranquilizar sua mente? Pois mantenha a rotina, sem esquecer de que atividades além da resolução de exercícios e a leitura de anotações e e tópicos de estudo também ajudam a fixar melhor o conteúdo. Em geral, o que vale agora é revisar o que você já aprendeu, não ir atrás de assuntos novos.

– Não é o momento de grandes estudos, mas de aparar algumas arestas – define o professor Felipe Pimentel, que dá aulas de Geografia no Unificado.

Para ajudar você a aperfeiçoar o que aprendeu ao longo do ano, listamos algumas dicas de professores voltadas para os dias que antecedem a prova.
DE OLHO NAS DICAS
-Faça provas anteriores: serve para testar seu tempo de resposta, se familiarizar com o que é cobrado, ver em quais questões você vai melhor e naquelas em que deve se focar.
-Ao identificar o que você compreende bem e onde ainda precisa melhorar, busque se aperfeiçoar nos assuntos que você mais entende, não naqueles que fazem pouco sentido.
-Fique de olho nas retrospectivas: assuntos atuais podem surgir nas provas de Geografia e História, além da possibilidade de motivarem a Redação e perguntas de outras provas.
-Aproveite o recesso para estudar também, mas não deixe de curtir esse final de ano com a família e os amigos. Descansar também é bom para fixar os conteúdos na cabeça.
-Mudar a rotina, a esta altura, pode resultar em prejuízo no desempenho na hora da prova. Se você acordou cedo todos os dias ao longo do ano, por exemplo, continue assim.
-Isto vale para todas as provas: leia bem o enunciado de cada questão, e responda apenas aquilo que está sendo perguntado.
-Também leia todas as alternativas, mesmo que tenha certeza de que aquela está certa. Isso pode mostrar que a primeira resposta nem sempre é a correta.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

DAS SETE MARAVILHAS SÓ SOBROU O EGITO


CLIC RBS

Das 7 maravilhas, só sobrou o Egito – e com versão 3D

Publicado por Lado 7 em Arte





Obras artísticas exalam – e muito – o #lado7 da humanidade. E nada mais significativo que a lista das 7 maravilhas do mundo, criada pela primeira vez ainda na Antiguidade Clássica, há muito tempo antes de Cristo.

Mas nem adianta criar um roteiro de viagem para conhecer essas obras. De todas elas, a única que permanece praticamente intacta é a Pirâmide de Quéops, erguida há quase cinco mil anos no Egito e também conhecida como a Grande Pirâmide. É a maior e mais antiga das três pirâmides de Gizé.

E se você está sem grana para visitar esse ponto turístico, um site desenvolvido pela empresa francesa Dassault Systèmes permite uma visita em 3D pelo local. A reconstituição tridimensional foi criada em parceria com o Museu de Belas Artes de Boston (EUA) e a Universidade de Harvard.

Durante a visita guiada e interativa pelas tumbas e câmaras do sítio arqueológico é possível clicar sobre objetos e imagens para acessar informações. Além disso, você poderá passear por galerias e edifícios com o uso de óculos 3D, e controlar a câmera para personalizar o passeio. E quem quiser se aprofundar ainda mais sobre o lugar poderá acessar uma base de dados com documentos para consulta, como mapas, diários de campo e fotografias tiradas por arqueólogos.

Agora anota aí a lista completa das 7 maravilhas do mundo antigo:

Grande Pirâmide de Gizé



Jardins Suspensos da Babilônia



Estátua de Zeus em Olímpia



Templo de Artemis em Éfeso



Mausoléu de Halicarnasso




Colosso de Rodes



Farol de Alexandria





Imagens: Wikipedia e Reprodução/Dassault Systèmes

domingo, 21 de dezembro de 2014

O BEIRA RIO COMO LEGADO

ZERO HORA 21 de dezembro de 2014 | N° 18020


ENTREVISTA

GIOVANNI LUIGI. Presidente do Inter



Giovanni Luigi passará as chaves do Beira-Rio para Vitorio Piffero no dia 5 de janeiro, depois de quatro anos como presidente do Inter. Recebeu de herança um time marcado pela histórica derrota para o Mazembe. No Beira-Rio, máquinas sobre os destroços do que um dia foi a social. A obra para a Copa do Mundo havia se iniciado, ainda que aquele fosse apenas o começo de um drama que se estenderia por mais 14 meses, até que a parceria com a Andrade Gutierrez fosse consolidada, por meio de um ultimato da presidente Dilma Rousseff.

E os problemas se sucederam: da crise com o vice de futebol Roberto Siegmann à batalha judicial com o São Paulo por Oscar, o Caso Jô, o Beira-Rio em ruínas, os jogos em Caxias do Sul e em Novo Hamburgo. Leandro Damião foi a grande venda de seus dois mandatos, ainda que a de Oscar tenha sido a mais rumorosa.

Luigi manteve a média de um título por ano. Ganhou todos os Gauchões, a Recopa de 2011, a batalha pelas estruturas temporárias exigidas pela Fifa, entregou um Beira-Rio novo e do Inter, viu a Copa do Mundo em casa e, ao finalizar o mandato, obteve um amplo terreno em Guaíba, onde será erguido o novo CT. Veja os principais momentos dos últimos quatro anos de Luigi nas palavras do próprio Luigi.

Em quatro anos como presidente do Inter, Luigi fala de erros e acertos durante sua gestão




O senhor começou as conversas para contratar Fred?

Tem outros nomes. Mas uma coisa que o clube conquistou nos últimos anos, na década, foi: todo mundo quer jogar no Inter. Isto aqui é o paraíso. Não atrasei nada, um dia sequer. Se tivesse que atrasar, chamaria e diria: “Olha, não vou conseguir pagar no dia”.

Mas acaba o ano com déficit.

Déficit é óbvio que tem. O Inter tem conta com Timemania, o saldo é grande, mas, comparado com outros, é pequeno. É como financiar apartamento: R$ 100 mil, dois anos depois deve R$ 200 mil. É uma conta muito alta (mais de R$ 100 milhões). Paguei todos os impostos, salários e direitos de imagem nestes quatro anos. Não vamos ficar nem no cheque especial. E teremos ativos para deixar ao próximo presidente, além de vários jogadores da base. E isto é dinheiro, cedo ou tarde. Temos o contrato da Nike para renovar, 10% para receber da venda do Sandro, do Tottenham para o Queens Park Rangers (R$ 5 milhões), pois mantivemos este percentual dele.

O senhor ficou surpreso com o contexto político da eleição?

Não houve surpresa. Nós fomos nós mesmos. O clube está num momento muito bom. Temos patrimônio, pagamos em dia. Tratei da pré-temporada de 2015 em setembro, com os dois candidatos. O Grêmio estava indo para Gramado, acho ruim os dois clubes na mesma cidade, mudamos para Bento Gonçalves, sempre com a permissão dos dois candidatos. Agora, o Fluminense perdendo a Unimed, se abriu um leque. Guerrero (o atacante corintiano), andei tratando disto. Avançamos ao máximo.

O que fará depois?

Vou exercer a minha profissão (é administrador da rodoviária de Porto Alegre), cuidar da família e da saúde. Tenho cadeira perpétua, meu pai ajudou desde o começo na construção do Beira-Rio. Virei aos jogos. O Fernando Carvalho me convidou, ele tem camarote.

E sai pensando em voltar?

Saio pensando em cuidar da vida. É preciso dar oportunidade a outras pessoas, ver o que é melhor para o clube. Às vezes, é voltar. Às vezes, dar chances aos outros.

Ainda falta alguma coisa a ser encaminhada do Beira-Rio?

Estou negociando com a prefeitura o terreno da Rua C (ao lado do edifício-garagem, em direção às escolas de samba) para que seja do Inter. Perdemos a metade da cessão onerosa que tínhamos, para a construção da Rua A (ao lado do Gigantinho). Perdemos áreas por causa da ampliação da Avenida Padre Cacique. O Inter tem direito a indenização de R$ 12 milhões. Ou recebe isto em patrimônio, que é o que estamos pedindo. Quem não vai querer comprar um imóvel ou alugar uma sala no complexo Beira-Rio? E há o CT de Guaíba ainda, um patrimônio fantástico. Acho que deveria se chamar Fernando Carvalho, em homenagem.

O que está por vir, a partir do aproveitamento do Beira-Rio?

O negócio foi extraordinário. Assumo em janeiro de 2011 com a social em obras. Em 2012, jogamos com lona preta no estádio. Em 2013, 69 partidas fora. Em 2014, o Beira- Rio pronto, não podemos jogar o Gauchão porque a Brigada Militar não autorizou. Jogamos em Caxias porque a Fifa havia assumido o estádio. Gerou desequilíbrio técnico e financeiro. É só ver o aproveitamento deste ano em casa: 82%.

Mas faltaram grandes títulos.

Os três primeiros anos foram prejudicados pelo estádio. Este ano, faltaram peças à altura dos titulares, um grupo mais encorpado.

Leandro Damião foi o grande negócio deste período?


Oscar também foi um.

Como acha que será conhecido como presidente?

O importante é que a sequência de ao menos um título por ano foi mantida, desde 2002. Tem gente que não ganha nem isto e comemora título de time africano.

E o legado que fica?

Temos um grande potencial de crescimento, a médio e longo prazos. Mantivemos a supremacia no Gre-Nal. Somos o primeiro clube no Brasil a faturar mais com o estádio do que com a TV. Temos estádio próprio. Daqui a um ano, poderemos atingir 140 mil sócios, conforme for a temporada, com arrecadação de R$ 9 milhões mensal só com os associados.

Valeu a pena o sofrimento da espera pela Andrade Gutierrez?

Muito. O Beira-Rio é um orgulho para todos os colorados. Houve um momento em que tive dúvidas. Via o outro estádio (a Arena) crescendo e o nosso, parado. Queria ganhar o Brasileirão, não deu. Quando assumimos o clube, muitos anos atrás, mal havia jogadores na base. Bem ou mal, chegamos em terceiro no Brasileirão.

Que nota dá para sua gestão?

Deixo isto para os outros.

Dos treinadores que contratou, se arrepende de algum?

Não. É muito fácil, depois do que aconteceu, dizer que deveria ter ido para lá ou para cá.

Uma alegria e uma tristeza nestes quatro anos?

Ganhar o primeiro Gre-Nal da Arena e a festa de reinauguração do Beira-Rio. De tristeza, a decepção com algumas pessoas. Poucas.

O senhor chora?

Tive muitos momentos de estresse. Mas extravasei. Agora contra o Figueirense, no Gre-Nal da Arena, no Gre-Nal de 2011 (quando o Inter foi campeão gaúcho no Olímpico), na festa do estádio. Não precisa chorar para extravasar.

Como se explica a queda de Damião no Santos?

Ele vai dar muitas alegrias, onde estiver jogando. Em abril, sentiu o púbis. Dizem que é uma dor insuportável. Não cura rapidamente. Damião precisa de continuidade.

Vale o mesmo para o Luque, que operou o púbis?

Vale. Agora, fazendo uma boa pré-temporada. Luque tem uma velocidade impressionante, um potencial enorme para estourar em um médio prazo.

Por que Aránguiz caiu de produção?

Penso que sentiu o desgaste, muitas viagens longas, a Copa, só pedreiras, de quarta a domingo. Ficou sobrecarregado fisicamente. Mas vai mudar agora, com a Libertadores e calendário melhor.

Valeu a pena a reeleição?

Valeu. Ficou a marca da entrega do estádio, do grande negócio, do grande legado. Nada disto teria dado tempo em dois anos.

O Inter virou refém de um grande treinador? O vestiário rodado e caro não permite um emergente?

Um emergente é uma aposta, e às vezes não dá certo. Para conduzir o Inter na Libertadores, é preciso um treinador experimentado, rodado, cacifado. Pode até não ter ganho a Libertadores. Hoje, quais são os acima de qualquer dúvida? Felipão, Muricy, Mano, Abel, Tite e Marcelo Oliveira.

Neste sentido, Fernandão foi um erro em 2012?


Como treinador, sim. Pelo momento em que ele assumiu, no meio da caminhada do ano.

O que representou inaugurar a estátua de Fernandão?

Tinha uma relação muito especial com ele, uma pessoa de nível superior, tinha tudo para ser um grande executivo no clube. A estátua simboliza o que ele representou, ficará sempre como capitão da Libertadores e do Mundial. O clube soube escutar o desejo da torcida.

sábado, 13 de dezembro de 2014

COMO COMEÇAR UM TEXTO ARGUMENTATIVO

PORTAL ASSIM SE FAZ


Como começar um texto argumentativo

Escrever é sempre importante, necessário e frequente. E torna-se essencial escrever bem e de forma agradável. As redações são ótimos exemplos de instrumentos que exigem de seu criador agradabilidade em um nível mínimo para que o texto tenha coerência e coesão.

Genericamente, segundo o Manual de Redação de Luiz Fernando Mazzarotto entre outros, publicado pela editora DCL, existem três tipos de redação: a descritiva, em que se traduz com palavras aquilo que se viu e se observou; a narrativa, em que se discorre sobre fatos e a dissertativa ou argumentativa, uma redação que “trata com desenvolvimento um ponto doutrinário, um tema abstrato, um assunto genérico. Ou seja: dissertar ´expor ideias em torno de um problema qualquer.” Então você irá aprender, nesse texto, como começar um texto argumentativo, tendo como referência o Manual de Redação citado acima.


  Instruções


1



Pesquise sobre o assunto que irá tratar. Antes mesmo de começar a escrever seu texto, faça uma pesquisa sobre diversos aspectos de seu tema, domine o conhecimento sobre o assunto. Tenha uma opinião forte o bastante para defendê-la, seja através de argumentos científicos, culturais, etc. pois poderá se ocupar mais da forma de escrever do que do assunto a ser exposto.

2



Rascunhe sua redação. Anote em um papel as ideias com argumentos favoráveis e desfavoráveis) que quer expor no texto, possíveis relações do tema com algum assunto contemporâneo, escreva também qual lado deseja defender, faça uma lista de vocabulários referentes ao assunto e comece a escrever o texto, primeiro com a introdução (espaço para abordar o tema de forma impessoal), depois com o desenvolvimento – aqui você pode expor os argumentos, já atacando os contrários a sua opinião e conclua com sua posição ao tema, baseado em fatos e ideias válidas.



3



Escreva a introdução definitiva de sua redação. Agora que tem um rascunho em mãos, ele será seu guia para escrever o texto definitivo. A introdução serve para levar o leitor para dentro do assunto; nela se apresenta as ideias e conceitos gerais a serem discutidos e nada mais. Tente, ao escrever essa parte, ser objetivo e simpático, não expressando a primeira pessoa do discurso. E lembre-se: a redação começa na primeira linha do texto e não do título ou do tema, então não se incomode em usar as palavras já citadas anteriormente no texto. Geralemente a introdução tem um parágrafo de cinco linhas. A partir daqui, exponha seus argumentos e defenda-os, pois a redação argumentativa serve, também, para avaliar seu potencial crítico-observador. Bom trabalho!

Dicas e AVISOS

Escreva, sempre que possível, sobre coisas que conheça ou goste. Assim sua opinião sobre tal fato será mais fundamentada e será mais fácil de redigir.

Apesar de haver vários macetes de como começar um parágrafo de uma redação argumentativa, isso é perigoso pois, em uma avaliação, poderá perder pontos pela falta de criatividade e originalidade. Comentários


 http://www.assimsefaz.com.br/sabercomo/como-comecar-um-texto-argumentativo

COMO COMEÇAR UM LIVRO

PORTAL ASSIM SE FAZ


  Como começar um livro

Escrever um livro requer um pouco de dedicação e planejamento, não existem maiores segredos. Se planejar e estiver disposto a dedicar algumas horas de seu dia para começar este novo desafio, então você está mais do que preparado para iniciar seu livro. Pesquisa também é algo importante, mesmo que seu livro se trate de ficção e se passe em uma determinada época, você deverá pesquisar como era os costumes do povo, cotidiano, cultura e alimentação para passar uma maior veracidade a narrativa.


Instruções


1. Defina bem o tema e pesquise

Antes de começar a escrever o livro, é necessário um pouco de planejamento e no planejamento se inclui uma visão clara sobre o tema que você pretende abordar em seu livro. Depois de escolher um tema, escolha o título. Por exemplo: Se você escolher escrever um livro sobre esportes, poderá falar sobre esportes de uma forma mais genérica, sem se aprofundar em outros assuntos mais específicos ou poderá escolher um ramo, como futebol. E uma vez escolhido o tema que irá abordar, deverá fazer uma pesquisa sobre o tema, pois mesmo que você seja um especialista no assunto, você não guarda todas as informações sobre futebol.

2. Defina os Capítulos

Depois de saber sobre o que tratará seu livro, você deverá definir quais capítulos ele conterá. Escreva em uma folha de papel o assunto do livro, título, subtítulo, nomes dos possíveis capítulos e o que pretende contar em cada um deles. Veja o exemplo a seguir:

Tema: Esportes
Título: Futebol
Subtítulo(Se houver): História dos Clubes Brasileiros

Capítulo 1: Primeiros Clubes
Descrição: Breve relato sobre o surgimento dos primeiros clubes, contendo uma pequena introdução do inicio do futebol na Inglaterra. Cada clube terá uma página contendo fotos, data de criação e principais jogadores dos clubes, além destas informações também estarem inseridas no texto.

Capítulo 2: Técnica e Regras
Descrição: Principais regras, estratégias e técnicas usadas para treinar os jogadores, tal qual a posição dos jogadores em campo e qual a função de cada um deles.

Capítulo 3: Principais Clubes
Descrição: Os principais clubes da atualidade e algumas curiosidades, como prêmios ganhos, jogadores de destaque e um pouco da história do clube.

Capítulo 4: Campeonatos
Descrição: Os mais importantes campeonatos realizados, com alguns fatos interessantes.

Capítulo 5: Formação da Seleção Brasileira
Descrição: Como se deu a formação da seleção brasileira e como são selecionados até hoje em dia.

O exemplo citado acima pode se adequar a qualquer situação. Você pode querer criar uma obra de romance, então deve escrever que história pretende contar e depois siga o exemplo acima, com nome de capítulos e o que pretende abordar em cada um deles.


3



Processo de Escrita

Reserve algumas horas do seu dia para escrever seu livro. Não importa quantas horas você pretende escrever por dia, o mais importante é escrever. Também não é recomendável que se defina um número de páginas a escrever por dia, pois se você não conseguir cumprir a meta, ficará frustrado.

Mesmo que só por alguns minutos, opte por escrever um pouco todos os dias. Se quiser, você poderá definir um prazo para terminar de escrevê-lo, como 1 mês ou 2, dependendo do quanto você domina o assunto e da sua disposição para a escrita.


4. Revisão e Lançamento

Após terminar de escrever, deixe durante uma ou duas semanas seus escritos em uma gaveta e não mexa neles durante este período. Depois do prazo retire-o da gaveta e comece a revisar o conteúdo do livro, fazendo as devidas correções e alterações no livro, até chegar ao resultado desejado.

Quando a revisão terminar, será necessário organizar o material para que ele fique em formato de livro. Você pode fazer isso no seu próprio computador ou pagar alguém para fazer isso por você. Quando passar por esse processo, finalmente será a hora de lançá-lo. Um livro pode ser vendido fisicamente ou virtualmente, você quem escolhe.

Se seguir estes passos será bem mais simples começar a escrever um livro, não se esqueça de usar métodos para concluir todos os seus projetos mais rápido.

 http://www.assimsefaz.com.br/sabercomo/como-comecar-um-livro

COMO ESCREVER UM LIVRO PASSO A PASSO

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Como Escrever um Livro Passo a Passo

Escrever parece ser o dom de muitas pessoas, mas mesmo para as que escrevem bem pode ser difícil começar. Escrever artigos, escrever livros e textos em geral parece que exige alguma artimanha desconhecida e secreta, mas seguindo algumas instruções pode ser possível que você escreva bem e sem medo.

Escrever artigos remunerados têm sido uma ótima fonte de renda para vários freelancers e essa prática pode ser o começo do caminho para se escrever um livro. Veja como fazê-lo nos passos a seguir.

Instruções

1



Organize-se, principalmente, mentalmente. Defina os objetivos do seu livro. Responda algumas perguntas para guiar o "desenho" inicial do seu projeto antes de começar a escrever seu livro propriamente:

1 - Qual o objetivo do seu livro? Você vai contar uma história qualquer ou quer que o leitor aprenda ou reflita sobre algum tema?
2 - Quem são os personagens dos seu livro? Defina um perfil para cada um deles e tente desenhar uma trama para ver quais deles vão se inter-relacionar.

3 - Qual vai ser a linguagem do seu livro? O narrador vai participar da história ou só observar? Será uma linguagem informal? A história pode ter interferências coloquiais?

Respondendo a essas perguntas, você terá o estilo pronto para começar a escrever o seu livro.


2



Escreva um artigo que resuma a trama da sua história. Como você irá começar o enredo? Quais os principais acontecimentos (se você já puder prevê-los)? Qual vai ser o desfecho das personagens?
Tenha em mente que o leitor deve ser surpreendido, mas você deve ter tudo bem definido. Deixe rastros para que você não se perca, como se fossem passos que você sabe que deve seguir para definir o caminho da história.

Depois releia o resumo como se revisasse um artigo, tentando encontrar falhas ou faltas na história e reescreva-o.


3



Desenvolva os personagens que estarão presentes em sua obra. Mesmo que você não vá descrevê-los completamente na hora de escrever seu livro é importante que você tenha os tenha bem definidos em sua mente. Detalhes como a idade, o nome completo, o tipo físico, além de traços psicológicos como a personalidade, do que ele/ela gosta, itens relevantes de seu passado, linha de pensamento que eles terão e o que mais você puder especificar, serão de grande valia.

Tente escrever um artigo sobre cada personagem e guarde com cuidado, para lê-lo se alguma característica fugir da sua memória. Quanto mais definido for o personagem, mais concretude ele terá em sua criação, pois terá uma identidade já criada, ou seja, ele terá mais profundidade e realidade.

4



Preocupe-se com o ritmo dos diálogos (se existirem) e das cenas para que o leitor fique interessado no seu livro. Construa frases curtas para facilitar a leitura, mas cuidado com a coerência! Escrever um livro pode parecer complicado, mas continue seguindo os passos e não perca o foco.


5



Leia e releia o material depois de completo e peça que seja revisado por duas pessoas diferentes para que localizem erros gramaticais e ortográficos, além de possíveis falhas no sentido.

6



Registre sua obra para proteger seus direitos autorais antes de divulgá-la ou mesmo passá-la para revisores. O órgão que irá registrá-la é a Fundação Biblioteca Nacional que pode ser acessada no seu próprio site.

Feito esse processo, envie seu livro para diversas editoras e tente uma publicação, afinal não é só escrever um livro ou um artigo, é preciso trabalhá-lo mesmo depois de pronto.

7



Peça recomendações de intelectuais da área que você conheça ou tenha algum tipo de contato para escreverem o prefácio de seu livro. Isso dará prestígio e certo renome para sua obra.
Pronto! Agora é torcer para que o seu livro seja publicado, mas não se esqueça de registrá-lo primeiro.

Escrever um artigo ou um livro pode parecer complicado, mas com organização e foco, tudo é possível.

Dicas e AVISOS

Sempre escolha um lugar tranquilo para escrever seu livro, assim você não se perde ou deixa a história confusa.

Muitos empecilhos vão aparecer no caminho, mas mantenha o foco e não desista.




http://www.assimsefaz.com.br/sabercomo/como-escrever-um-livro-passo-a-passo

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

BRASILEIRO É PAGO PARA VIAJAR E POSTAR FOTOS NO INSTAGRAM



G1 29/10/2014 06h00

Brasileiro de 25 anos é pago para viajar e postar fotos no Instagram. Carioca é 'instagrammer profissional', trabalho pouco conhecido no país. Ele é contratado para divulgar destinos; veja dicas para fotografar viagens.


Flávia Mantovani Do G1, em São Paulo



Paulo del Valle com um camelo em Dubai (Foto: Paulo del Valle/Divulgação)

Conhecer belos lugares pelo mundo, postar fotos no Instagram e ainda ganhar dinheiro para isso. Esse emprego dos sonhos se tornou uma realidade para Paulo del Valle, um carioca de 25 anos que é uma das poucas pessoas no mundo a ter a profissão de “instagrammer profissional”.


Paulo posta muitas fotos do Rio, onde mora
(Foto: Paulo del Valle/Divulgação)

Paulo é pago por empresas e órgãos governamentais que promovem destinos turísticos para ir até o local, tirar fotos bonitas e postá-las em seu perfil nessa rede social, onde tem mais de 252 mil seguidores.

Desde que começou a se dedicar integralmente a esse trabalho, no início deste ano, ele já esteve na Austrália, nos EUA, em Israel e em Dubai, além de em Santa Catarina e na Bahia.

O que hoje é profissão começou como um hobby desinteressado. O estudante de design fez um perfil no Instagram em 2011, três meses depois que a plataforma de compartilhamento de fotos foi lançada. Postava principalmente fotos do Rio de Janeiro, onde mora, tiradas com seu iPhone.


A qualidade das imagens chamou a atenção da equipe do Instagram, e em 2012 ele passou a ser um “usuário sugerido” -- uma espécie de usuário modelo, que posta fotos boas com frequência e interage bastante com outros membros.

“Não tinha nem ideia de que isso existia. Eu nem era fotógrafo, tirava fotos dos meus amigos, de pedras, plantas, coisas aleatórias”, diz. Em duas semanas, seu número de seguidores cresceu de 1.400 para 34 mil.

Viagens


Foto tirada em mesquita de Abu Dhabi (Foto: Paulo del Valle/Divulgação)

Paulo então estudou fotografia por contra própria, em livros e na internet. Trocou o celular por uma câmera e pouco tempo depois recebeu um convite de uma “instagrammer profissional” australiana para ir até o seu país, junto com outros usuários que se destacavam na rede social. O grupo viajou pela Austrália divulgando fotos dos destinos em seus perfis, para despertar em seus seguidores a vontade de conhecer o país.


Paulo com cangurus na Austrália
(Foto: Christopher Collin/Divulgação)

Foi lá que ele viu que aquilo podia se tornar uma profissão e decidiu abandonar a marca de roupas que ele tinha com amigos. “Conheci esse novo universo e vi que aquilo era o que eu queria fazer. Meu sonho sempre foi conhecer o mundo”, diz ele.

Em seguida veio um convite para conhecer Israel e outro para ir a Florianópolis fazer trabalhos para uma marca de automóveis. Durante a Copa do Mundo no Brasil, uma marca esportiva o convidou para um trabalho em Salvador. Depois foi o órgão de promoção turística de Dubai que o chamou para gravar um programa de viagens no país.

Paulo também recebeu um convite para conhecer a sede do Instagram na Califórnia, e foi para lá com amigos.

Experiências

Foto de Paulo em parque nos Estados Unidos (Foto: Paulo del Valle/Divulgação)

Durante as viagens, o brasileiro andou de camelo no deserto e de caiaque com golfinhos, segurou um bebê canguru e flutuou no Mar Morto, entre outras experiências que ele diz que nunca vai esquecer. “Fui a lugares para onde jamais pensaria em ir. Foram oportunidades incríveis”, afirma ele, que até então só tinha saído do Brasil para ir aos Estados Unidos.

Paulo diz que sua profissão está crescendo fora do país e acredita que pode se expandir também por aqui, apesar de não saber quanto tempo a tendência vai durar. "Não sei o que o futuro me reserva. Mas estou aproveitando muito o momento”, completa.

Veja as dicas de Paulo del Valle para tirar boas fotos de viagem com o celular

1 - Limpe a lente da câmera do seu celular. É comum lembrarmos de limpar a tela, mas não a lente. Isso pode influenciar no resultado das fotos.


Grupo clicado por Paulo na Bahia
(Foto: Paulo del Valle/Divulgação)

2 - Sempre segure o celular firmemente com as duas mãos.
É muito importante para que as fotos não saiam tremidas.

3 - Jamais use o zoom do celular. Ele não é um zoom ótico, como nas câmeras, e só piora a qualidade das suas fotos.

4 - Evite tirar fotos diretamente contra a luz do sol, para evitar que feixes de luz (flare) saiam na imagem. Se aparecer "flare" ao tirar a foto, coloque sua mão acima do celular, tentando bloquear a luz do sol.

5 – Ao tirar selfies, prefira a câmera traseira do celular, que possui maior qualidade, usando a função de timer (disponível no iOS 8 e alguns aplicativos). Utilizar o botão do fone de ouvido também é uma boa opção para esse tipo de foto.

6 - Acessórios são importantes. As baterias dos smartphones não aguentam o dia todo, principalmente tirando fotos. Compre uma bateria externa para garantir que não perderá chances de tirar fotos durante todo o dia. Pequenos tripés, feitos para celulares, são ótimos para aquelas situações em que não tem ninguém para tirar fotos ou quem quer tirar fotos mais avançadas, como de longa exposição e HDR.


Foto tirada no Rio de Janeiro
(Foto: Paulo del Valle/Divulgação)

7 - Tire muitas fotos durante o dia e deixe para editá-las depois, quando tiver tempo. Tenha paciência nesse processo, pois uma boa edição manual (controlando brilho, contraste, saturação etc.) faz toda diferença.

8 - Entenda como funciona a câmera do seu celular. No iPhone, você pode tocar na tela para focar, arrastar o dedo para controlar a exposição de luz, "trancar" o foco e usar o botão de aumentar o volume para tirar fotos. Ferramentas como HDR garantem melhores fotos no pôr do sol e no contra-luz, mas é necessário manter as mãos muito firmes ou usar um tripé, pois o telefone tira 3 fotos ao mesmo tempo e as junta em uma só.

9 - Vá além da câmera nativa do seu celular para fazer melhores fotos e vídeos.
Algumas dicas de aplicativos:


Avião decolando do aeroporto Santos Dumont
(Foto: Paulo del Valle/Divulgação)

- Camera+ (iOS): Tem recursos manuais, como ajustar a velocidade do obturador (ideal para fotos em movimento e de pulos), permite tirar várias fotos por segundo, possui timer, foco manual e muitas outras funções.

- Cortex Camera (iOS): Permite tirar fotos de ótima qualidade em baixas condições de luz, sem a necessidade de flash.

- Average Cam Pro (iOS): Faz fotos com aspecto profissional de longa exposição com o iPhone e dá um efeito incrível a fotos de cachoeiras e mar. Exige o uso de um tripé.

- Hyperlapse (iOS): Para fazer timelapses das viagens sem a necessidade de equipamentos caros, como câmera e tripé.

10. Utilize aplicativos para editar suas fotos e vídeos. Algumas dicas:


Menino toca violino na rua em Jerusalém
(Foto: Paulo del Valle/Divulgação)

- VSCOcam (iOS e Android - Grátis): Tem filtros incríveis disponíveis gratuitamente, além de opções pagas.

- Snapseed (iOS e Android - Grátis): Oferece muitas ferramentas de edição manual.

- TouchRetouch (iOS e Android): Ótimo para dar retoque final, removendo coisas indesejadas de fotos, como lixo na rua ou imperfeições no rosto.

- Over (iOS e Android): Bom para escrever textos sobre as fotos de viagens, com muitas fontes e gráficos.

- Mappr (iOS): Permite colocar a localização de qualquer lugar do mundo nas fotos.

- Videon (iOS): Permite editar filmes controlando brilho, contraste, saturação e muito mais. Oferece ainda muitos filtros, junção de vários vídeos e adição de trilha sonora.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

LA MALAGUENA

La Malaguena Mariachi Tradicional de Sacramento 


Mariachi Trio, Mariachi Tradicional Sacramento! we play every friday bnight in Sacramento, Ca at Florez Bar and Grill Sacramento.



PASO DOBLE

Susanna Reid & Kevin dance the Paso Doble to 'Los Toreadors' - Strictly Come Dancing: 2013 - BBC One

 


CUMPARSITA

CUMPARSITA - TANGO SHOW



GUANTANAMERA

GUANTANAMERA - RUMBA


domingo, 26 de outubro de 2014

QUEM FICA E QUEM SAI NO INTER DE 2015

Quem fica e quem sai: como o Inter se prepara para 2015

Dos grande nomes do time titular, apenas Alex ainda precisa conversar com direção para renovar

ZERO HORA 26/10/2014 | 05h01
Quem fica e quem sai: como o Inter se prepara para 2015 Ricardo Duarte/Agencia RBS
Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS
O novo presidente do Inter receberá um time pronto para 2015. Dos 34 jogadores do atual plantel, 29 têm contrato em vigor para iniciar a nova temporada. Alex é o único dos grandes nomes do time que precisará conversar com a nova direção. O seu vínculo se encerrará em 18 de julho. Poderá assinar um pré-contrato com outro clube a partir de janeiro.

Junto com Abel Braga, o zagueiro Índio terá o contrato finalizado em 31 de dezembro. Gilberto, Wellington Silva e Alan Patrick, cujos empréstimos estão sendo encerrados, deixarão o Beira-Rio.

Entre chegadas e partidas, estão o volante e capitão do Goiás, Amaral, que já assinou pré-contrato com o Inter, e as prováveis vendas de Rafael Moura, Winck ou Bertotto. Além deles, Aránguiz voltará a receber investidas da Europa _ mesmo que o Inter consiga vaga à Libertadores. A folha do clube gira em torno de R$ 10 milhões mensais.


DE MALAS PRONTAS

Índio, 39 anos — 21/12/2014
Gilberto, 21 anos — 31/12/2014
Wellington Silva, 26 anos — 31/12/2014
Alan Patrick, 23 anos — 31/12/2014
Cassiano, 25 anos (emprestado ao Santa Cruz-PE) — 31/12/2014
Agenor, 24 anos — 20/2/2015
Bolatti, 29 anos (emprestado ao Botafogo) — 6/2/2015
PRECISA RENOVAR

Alan Ruschel
, 25 anos — 31/12/2014
Diogo, 21 anos — 30/4/2015
Wellington, 23 anos — 20/5/2015
Alex, 32 anos — 18/7/2015


UM ANO INTEIRO PELA FRENTE

Dida
, 41 anos — 31/12/2015
Juan, 35 anos — 31/12/2015
Claudio Winck, 20 anos — 31/12/2015
Ygor, 30 anos _ 31/12/2015
Wellington Paulista, 31 anos — 31/12/2015
Jorge Henrique, 32 ANOS — 31/12/2015
Augusto, 22 anos (emprestado ao Sport) — 5/12/2015


CONTRATOS LONGOS

Aránguiz
, 25 anos — 22/1/2016
Luque, 21 anos — 29/5/2016
Rafael Moura, 31 anos — 12/8/2016
Alisson, 22 anos — 9/11/2016
Alan Costa, 24 anos — 31/12/2016
Zé Mário, 22 anos (emprestado ao Caxias) — 3/1/2017
Paulão, 28 anos — 7/1/2017
Muriel, 27 anos — 31/5/2017
Maurides, 20 anos — 1/6/2017
Fabrício, 27 anos — 31/7/2017
Jair, 20 anos — 23/9/2017
Ernando, 26 anos — 31/12/2017
João Afonso, 19 anos — 31/12/2017
Bertotto, 21 anos — 31/12/2017
Willians, 28 anos — 31/12/2017
D'Alessandro, 33 anos — 31/12/2017
Eduardo Sasha, 22 anos — 31/12/2017
Nilmar, 30 anos — 31/12/2017
Jackson, 24 anos (emprestado ao Goiás) — 31/12/2017
Aylon, 22 anos — 1/5/2018
Thales, 21 anos — 31/10/2018
Valdívia, 20 anos — 31/12/2018​

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

AS PALAVRAS DE SARAMAGO

LISTA DE LIVRO, BLOG, 01/09/2013

As palavras de Saramago – José Saramago

Editora: Companhia das Letras
ISBN: 978-85-7616-434-0
Organização e seleção: Fernando Gómez Aguilera
Opinião: ***
Páginas: 480




“A felicidade é apenas uma invenção para tornar a vida mais suportável.”




“Primeiro sou português, segundo sou ibérico e só em terceiro lugar, e quando me dá vontade, sou europeu.”




“A vida, que parece uma linha reta, não o é. Construímos somente uns cinco por cento da nossa vida, o resto fazem os outros, porque vivemos com os outros e às vezes contra os outros. Mas essa pequena porcentagem, esses cinco por cento, é o resultado da sinceridade consigo mesmo.”




“Eu continuo dizendo, a esta idade de 75 anos, que continuo sendo neto dos meus avós.”




“Quando eu morrer… se pusessem uma lápide no lugar onde ficarei, poderia ser algo assim: “Aqui jaz, indignado, fulano de tal”. Indignado, claro, por duas razões: a primeira, por já não estar vivo, o que é um motivo bastante forte para indignar-se; e a segunda, mais séria, indignado por ter entrado num mundo injusto e ter saído de um mundo injusto. Mas temos de continuar, de continuar andando, temos de continuar.”




“Se não me interesso pelo mundo, este baterá na minha porta cobrando.”




“Tentei não fazer nada na vida que pudesse envergonhar o menino que fui.”




“A educação me preocupa muitíssimo, sim, sobretudo porque é um problema muito evidente, claro e transparente e ninguém faz nada a esse respeito. Confundiu-se a instrução com a educação durante muitos anos e agora estamos arcando com as consequências. Instruir é transmitir dados e conhecimentos. Educar é outra coisa, é inculcar valores […]. Faz décadas, o que havia era um Ministério da Instrução Pública, não da Educação. A educação era outra coisa. Se para ser educado fosse necessário ser instruído previamente, eu seria uma das criaturas mais ignorantes do mundo. Meus familiares eram analfabetos, como iam me instruir? Impossível. Mas me educaram, inculcaram em mim valores básicos, fundamentais. Eu morava numa casa paupérrima e saí dali educado. Milagre! Não, não há milagre nenhum. Aprendi a vida e a lição dos mais velhos, quando nem eles mesmos sabiam que estavam dando lições.”




“Quando se ridiculariza a bondade, no fundo, a única conclusão é que se esta a justificar a delinquência. Não me refiro a uma delinquência explícita, ativa, mas a uma certa atitude delinquente que se justifica pela indiferença e também pela incapacidade de agir.”




“É como se houvesse dentro de mim uma parte intocada. Ali não entra nada. E que se traduz numa certa serenidade, que se acentuou com a doença [sofrida em 2007-08]. Se alguma coisa pude aproveitar dela foi este sentimento de extrema serenidade. Passei pelos momentos maus e bons que todas as vidas têm, mas nunca perdi esta… não quero chamar-lhe segurança de mim mesmo… É um pouco como o olho do furacão: em redor é morte e destruição, mas ali o vento não sopra.”




“A felicidade é só estar em paz consigo mesmo, olhar para nós mesmos e lembrar que não fizemos muito mal aos outros.”




“Tenho ali uma foto dos meus avós maternos. Aquele homem alto e magro que esta na foto é meu avô Jerónimo, pai da minha mãe, e ela é a minha avó, que se chamava Josefa. Meu avô era pastor, não tinha nem mesmo uma vara de porcos, tinha umas oito ou dez porcas que depois pariam leitões que eles criavam e vendiam, e disso viviam ele e ela. As pocilgas ficavam ao lado da casa […]. No inverno, podia acontecer, e aconteceu vez ou outra, que alguns leitõezinhos, os mais fracos, porque as pocilgas ficavam do lado de fora, podiam morrer de frio. Então, os dois levavam esses leitõezinhos para a cama, e ali dormiam os dois velhos com dois ou três porquinhos, debaixo dos mesmos lençóis, para aquecê-los com seu calor humano. Este é um episódio autêntico.
Outro episódio. Levaram este meu avô, quando estava muito doente e muito mal, para Lisboa, para um hospital, onde depois veio a morrer. Antes de sabê-lo, em seus 72 anos, aquela figura que nunca esquecerei se dirigiu à horta, onde havia algumas árvores frutíferas e, abraçando-as uma a uma, se despediu delas chorando e agradecendo pelas frutas que tinham dado. Meu avô era um analfabeto total. Não estava se despedindo da única riqueza que tinha, porque aquilo não era riqueza, estava se despedindo da vida que elas eram e da qual ele não compartilharia mais. E chorava abraçado a elas porque intuía que não voltaria a vê-las. Essas duas histórias são mais do que suficientes para explicar tudo. A partir daí, as palavras sobram.”




“Há na obra de Pessoa um retrato bastante claro e completo do homem português, com as suas contradições, o misticismo um tanto mórbido que é o nosso, esta capacidade de esperar, que não é mais do que um desejo de adiar. A esperança é uma atitude ativa, mas nos portugueses é uma forma cômoda de projetar para um futuro cada vez mais distante o que deveríamos fazer agora.”




“Acho que a grande revolução, e o livro [Ensaio sobre a cegueira] fala disso, seria a revolução da bondade. Se nós, de um dia para o outro, nos descobríssemos bons, os problemas do mundo estavam resolvidos. Claro que isso nem é uma utopia, é um disparate. Mas a consciência de que isso não acontecerá não nos deve impedir, cada um consigo mesmo, de fazer tudo o que pode para reger-se por princípios éticos. Pelo menos a sua passagem por este mundo não terá sido inútil e, mesmo que não seja extremadamente útil, não terá sido perniciosa. Quando nós olhamos para o estado em que o mundo se encontra, damos-nos conta de que há milhares e milhares de seres humanos que fizeram de sua vida uma sistemática ação perniciosa contra o resto da humanidade. Nem é preciso dar-lhes nomes.”




“Seria mais cômodo acreditar em Deus, mas escolhi o lugar da incomodidade.”




“Se o homem fosse imortal, não precisaria de Deus.”




“Deus é uma criação humana e, como muitas outras criações humanas, a certa altura toma o freio nos dentes e passa a condicionar os seres que criaram essa ideia.”




“As religiões, como as revoluções, devoram os seus filhos. Há nas religiões um contínuo processo de devoramento em que Deus é como um Moloch que necessitasse do sacrifício humano. Imaginando que Deus existe – e não lhe concedo o beneficio da dúvida –, Deus não pode, por boa lógica, criar seres para os destruir.”




“O Vaticano, como já não crê na existência da alma, se ocupa da repressão dos corpos.”




“As religiões nunca serviram para aproximar os seres humanos. As religiões serviram sempre para os dividir. A história de uma religião é sempre uma história do sofrimento que se inflige, que se autoinflige ou que se inflige aos seguidores de outra e qualquer religião. E isto parece-me de tal forma absurdo que creio mesmo que o lugar do absurdo por excelência é a religião.”




“Há uma coisa clara a levar em conta: eu não posso dizer em consciência que sou ateu, ninguém pode dizer, porque o ateu autêntico seria alguém que viveria numa sociedade onde nunca teria existido uma ideia de Deus, uma ideia de transcendência e, portanto, nem mesmo a palavra “ateu” existiria nesse idioma. Sem Deus, não poderia existir a palavra “ateu” nem a palavra “ateísmo”. Por isso digo que, em consciência, não posso dizer tal coisa. Mas Deus esta aí, portanto falo dele, não como uma obsessão.”




“Escrevi faz anos uma frase que deve ser entendida como eu a entendo, porque senão a conclusão seria exatamente o contrário do que é. Escrevi isto: “Deus é o silêncio do universo, e o homem é o grito que dá sentido a esse silêncio”. Se este planeta fosse habitado somente por animais, e poderia acontecer – quando os dinossauros existiam, o homem não estava aqui –, então não haveria ninguém para dizer: “Deus existe”. Chegou um momento em que alguém disse: “Existe Deus”, pelo fato de que temos de morrer, por essa esperança de que algo mais possa acontecer, de que algo que chamamos ou que passamos a chamar de espírito ou alma possa sobreviver. E, a partir daí, pode-se armar toda a construção teológica.”




“Quem mata em nome de Deus converte este num assassino.”




“Descobrir o outro é descobrir a si mesmo.”




“O homem é cruel sobretudo em relação ao homem, porque somos os únicos capazes de humilhar, de torturar, e o fazemos com algo que deveria estar contra isso, que é a razão humana. (….) Não se percebeu ainda que o instinto serve melhor aos animais do que a razão serve ao homem. O animal, para se alimentar, tem que matar outro animal. Mas nós não, nós matamos por prazer, por gosto.”




“O universo não tem notícia da nossa existência.”




“Nós, os seres humanos, matamos mais que a morte.”




“Muita gente me diz que sou pessimista; mas não é verdade, o mundo é que é péssimo.”




“O homem quando descobriu que era inteligente não aguentou o choque e enlouqueceu.”




“A morte é um grande negócio – nem sempre limpo.”




“Sabe-se que da morte não se pode rir muito, porque ela é que acaba rindo de nós. É melhor pensar que a morte não é uma entidade nem uma dama que esta aí fora a nos esperar, mas que esta dentro de nós, que cada um traz dentro de si e, quando o corpo e ela se põem de acordo, acabou-se.”




“A epígrafe do livro [A viagem do elefante], de um suposto Livro dos itinerários, diz: “Sempre chegamos aonde nos esperam”. E a pergunta é inevitável: a que isso se refere? E a resposta só pode ser uma: à morte. Sempre chegamos à morte, ali estão nos esperando.”




“A literatura é o resultado de um diálogo de alguém consigo mesmo.”




“As palavras trazem a sabedoria do vivido.”




“Que foi para mim, como autor, o 25 de Abril (a Revolução dos Cravos)? Em palavras mínimas: a possibilidade de ser autor livre. Ainda que, é tempo de o dizer, condicionado por todo o aparelho social, econômico e cultural burguês, que continua a impedir, por formas grosseiras ou hábeis, o exercício pleno dessa mesma liberdade.”




“Não faltam escritores que têm um exemplar empenhamento cívico e o transpõem para a sua obra, mas ao mesmo tempo parecem temer o novo. Por um lado desejam que a sociedade se transforme e, por outro, aceitam que os seus instrumentos de expressão e de trabalho se limitem a ser um prolongamento do passado.”




“Escrever é uma transfusão de sangue para o lado de fora.”




“Eu não acredito que se escreva por necessidade. Necessidade é comer e beber. Alguns levam tão longe o seu papel de escritores que dizem: se não escrever, morro. As pessoas têm a tentação de tornar as coisas mais interessantes, mais românticas. Criou-se a ideia do artista torturado, que finalmente não é um ser deste mundo. Um pouco raro, muito raro. Como se o artista e o escritor fossem uma espécie de deus condenado a criar.”




“A inspiração é só o esqueleto de uma ideia. O trabalho e a disciplina são o que formam o corpo desse esqueleto.”




“A imaginação nasce da relação dialética com os fatos que você esta vivendo e da capacidade que você tem de relacionar tudo isso com o seu próprio mundo interior. E, a partir de tudo isso, surge uma ideia. E é só isso. Porque o escritor não é um ser extraordinário que esta ali com a mão colocada na testa a esperar as fadas.”




“O que esta nos romances não é a minha vida, mas a pessoa que eu sou, o que é algo muito diferente.”




“Não escrevo por amor, mas por desassossego. Escrevo porque não gosto do mundo em que estou a viver”.




“A imaginação pode nos surpreender, claro que sim. Todos os que escrevemos sabemos que isso acontece e é o melhor que pode nos ocorrer. É quando nos surpreendemos conosco mesmo, quando algo em que, parecia que quatro palavras antes, não estávamos pensando e que, quatro palavras depois, aparece. Penso que há um processo que leva alguns a dizer com exagero que o livro se escreve a si mesmo. É claro que não, necessita das mãos, da cabeça, mas há algo… é que no fundo as palavras procuram umas às outras. Nenhuma palavra é poética, o que faz que a palavra se transforme em palavra poética é a outra palavra, a que estava antes, a que vem depois.”




“O que eu quero escrever liga-se aos fatos e aos homens passados, mas não em termos de arqueologia. O que eu quero é desenterrar homens vivos. A História soterrou milhões de homens vivos.”




“A realidade chega à mulher por outras vias que não a da razão. Como a do sentido da maternidade, ela dá-lhe outra dimensão, que o homem não pode ter.
Nós usamos as palavras, mas não sabemos a que correspondem. Eu falo de maternidade, mas o que é que um homem sabe da maternidade? Essa palavra só pode ser entendida quando dita por uma mulher-mãe, se eu a disser, não é a mesma coisa.”




“É a própria história que me leva, sem ter me preocupado antes com isso, a que sempre, em todos os meus romances, haja uma mulher forte. Por quê? Se calhar, é porque tenho a esperança de que, talvez um dia, a mulher assuma a sua responsabilidade total e não permita que continue a ser uma espécie de sombra do homem, presente apenas para cumprir o que o homem decidir; que ela mesma se afirme com a sua capacidade única, com a sua generosidade. A mulher sempre é mais generosa que o homem, e acontece que o mundo precisa de muita generosidade.”




“Sou cada vez menos proselitista. Vá cada um aonde possa pelos seus próprios meios: guias e gurus são más companhias.”




“O que quero dizer é que não vejo nenhum motivo para deixar de ser aquilo que sempre fui: alguém que esta convencido de que o mundo em que vivemos não vai bem; convencido de que a aspiração legítima e única que justifica a vida, ou seja, a felicidade do ser humano, esta sendo fraudada diariamente; e que a exploração do homem pelo homem continua a existir. Nós, seres humanos, não podemos aceitar as coisas tais como elas são, pois isso nos conduz diretamente ao suicídio. É preciso acreditar em algo e, sobretudo, é preciso ter um sentimento de responsabilidade coletiva, pelo qual cada um de nós é responsável por todos os outros. E isso eu não consigo ver no capitalismo.”




“Se o escritor tem algum papel, é o de incomodar.”




“A decadência, em todos os aspectos, da União Soviética se deveu à separação entre o partido e o povo.”




“Desde muito novo orientei-me para a consciência de que o mundo esta errado. Não importa aqui qual foi o grau da minha militância todos esses anos. O que importa é que o mundo estava errado, e eu queria fazer coisas para modificá-lo. O espaço ideológico e político em que eu esperava encontrar alguma coisa que confirmasse essa ideia era, é claro, a esquerda comunista. Para aí fui e aí estou. Sou aquilo que se pode chamar de comunista hormonal.”




“Quando digo que a democracia se suicida diariamente, perde espessura e se desgasta, diminuindo a sua densidade, estou a falar de um sentimento que nos afeta, a nós, cidadãos. Sentimos, e sofremos com isso, que não temos importância no modo como funciona a sociedade.”




“Na falsa democracia mundial, o cidadão esta à deriva, sem a oportunidade de intervir politicamente e mudar o mundo. Atualmente, somos seres impotentes diante de instituições democráticas das quais não conseguimos nem chegar perto.”




“O destino das revoluções é se transformarem no seu oposto. As revoluções acabam sendo sempre traídas, por uma razão muito simples: por causa da renúncia dos cidadãos a participarem […]. A doença mortal das democracias é a renúncia do cidadão à participação. Os principais responsáveis somos nós mesmos, quando delegamos o poder a outra pessoa, que, a partir desse momento, passa a controlá-lo e a usá-lo.”




“Ao poder, a primeira coisa que se diz é “não”. Não por ser um “não”, mas porque o poder tem de ser permanentemente vigiado. O poder tem sempre tendência para abusar, para exorbitar.”




“Nós, homens, não obtivemos a democracia, mas uma ilusão dela. É preciso dizer isso em voz alta, e seria bom que todos nós o disséssemos, em coro; não é possível continuar falando de democracia em um mundo onde o poder que realmente governa, o poder financeiro, não é democrático. Tudo o mais são miragens mais ou menos reais – os parlamentos, os governos –, mas o poder, em última instância, o poder que decide e determina os nossos destinos não é um poder democrático.”




“O que temos chamado de “poder político” converteu-se em mero “comissário político” do poder econômico.”




“Não estou me colocando contra a democracia em si, mas contra a democracia-armadilha, como instrumento do capitalismo, em que as próprias vítimas se transformam em cúmplices, seja pelo silêncio, seja pela renúncia à participação.”




“Vivemos uma situação em que na democracia, que, segundo a velha definição, é o governo do povo, para o povo e pelo povo, esta ausente justamente o povo.”




“O grande problema do nosso sistema democrático é que ele permite fazer coisas nada democráticas democraticamente.”




“Aristóteles definiu que em um sistema democrático o Parlamento deveria ser composto por uma maioria de pobres e uma minoria de ricos. Hoje, penso que Aristóteles foi uma espécie de precursor do humor negro.”




“[Os indígenas de Chiapas] sobrevivem alimentando-se de sua própria dignidade. Enfrentam a guerra com esse estoicismo que tanto me impressionou, um estoicismo quase sobre-humano que não aprenderam na universidade, que construíram durante séculos de humilhação. Sofreram como ninguém, e preservam aquela força interior, uma força que se expressa no olhar… O olhar daquele menino cuja vida foi destruída para sempre… é uma coisa que jamais desaparecerá de minha memória… Os olhares sérios, severos e retraídos das mulheres e dos homens… são algo que paira acima de tudo. Os indígenas não têm nada, mas são tudo. Como é possível que, depois de tanto sofrimento, esse mundo indígena ainda mantenha a esperança? Como consegue sorrir esse homem de Polhó que acaba de nos dizer: “Pode ser que amanhã nos matem a todos nós, mas, bem, ainda estamos aqui”?. É algo que não consigo entender.”




“Se temos consciência mas não a utilizamos para nos aproximar do sofrimento, de que ela nos serve?”




“Embora eu seja dotado de alguma imaginação, não consigo ver um aimará do Peru, um totzil do México, um mapuche do Chile ou um afrodescendente de Angola colocando um xis em uma cédula identificando-se como ibero-americano, negando, assim, o seu passado, seus mortos e as vergonhosas humilhações de todo tipo que ainda se produzem. Assim como as carnificinas que ocorrem seguidamente. Não se pode pedir isso a um ser humano.”




“Sou um europeu cético que aprendeu todo seu ceticismo com uma professora chamada Europa”.




“Não é só o pensamento correto. Agora tudo esta se transformando em correto. É preciso se comportar segundo normas que ninguém sabe quem definiu. Eu reivindico a diferença, mas estamos nos tornando cada vez mais iguais, no pior sentido, no sentido menos criativo e menos contestador, perdendo, assim, a capacidade de debater. Apesar de me sentir inserido na cultura europeia, não gosto do fato de a Europa estar se transformando em um império. Começo a desconfiar que tudo é igual, e me parece surpreendente que não nos demos conta de que, nessa Europa, dá na mesma que os governos sejam socialistas ou conservadores, ou, amanhã, até mesmo neofascistas. Enquanto isso acontece, as perguntas – por quê, como e para quê –, que deveriam estar todos os dias na boca dos cidadãos, não estão.”




“Não são os políticos os que governam o mundo. Os lugares de poder, além de serem supranacionais, multinacionais, são invisíveis.”




“Pedem os nossos votos apenas para homologar uma porção de coisas, de cujas definições não participamos. Pedem-nos apenas os votos, e não que participemos. E a cada quatro anos comparecemos para votar, felizes, acreditando que estamos fazendo algo muito importante, mas o que é realmente importante já aconteceu no intervalo desses quatro anos.”




“O Holocausto é a grande e constante autojustificativa dos israelitas. Consideram que, por pior que possam fazer hoje a quem quer que seja, nada poderia ser comparado ao que eles sofreram. Em sua consciência patológica de povo escolhido, acreditam que o horror que sofreram os exime de culpa ao longo de séculos e séculos. Não dão a ninguém o direito de julgá-los, pois eles foram torturados, gaseados e incinerados.
Além disso, querem, ao mesmo tempo, que todos nós nos sintamos corresponsáveis pelo Holocausto e que expiemos a nossa suposta culpa aceitando sem retrucar tudo o que eles fazem ou deixam de fazer. Tornaram-se os especuladores do Holocausto, mas a verdade é que nem nós temos nenhuma culpa por aquela barbárie nem eles podem falar em nome das vítimas daquele horror.”




“Dois horrores impedem que os judeus se olhem no espelho: o de Auschwitz e o de sua própria consciência hoje.”




“Os judeus saíram do gueto, felizmente. Sofreram durante séculos perseguições de todo tipo. E agora, em vez de respeitar o sofrimento de seus antepassados, não fazendo outros sofrerem o que eles sofreram, repetem os mesmos excessos, os mesmos crimes, os mesmos abusos de que foram vítimas.”




“O juiz Antonio Di Pietro disse um ano atrás [2002] que na Itália a corrupção política chegara ao fim. Como assim?, perguntaram-lhe. E ele explicou de forma muito clara: o poder econômico precisava corromper os políticos para que estes fizessem o que ele queria. Mas isso agora acabou, porque o poder econômico ocupou o poder político. Portanto, já não tem necessidade de corromper ninguém. Ele é o poder.”




“O poder tem destas coisas, vira os políticos como se eles fossem uma peúga. A primeira viragem chama-se pragmatismo, a segunda oportunismo, a Terceira conformismo. A partir daqui, o melhor é deixar de contar.”




“Quando um político mente, ataca a base da democracia.”




“No fundo, a globalização é um totalitarismo soft, quer dizer, promete de tudo, nos vende a sua felicidade e cria necessidades que não tínhamos antes. É uma forma de domínio político, mas os cidadãos não se dão conta disso ou não encontram uma forma de reagir.”




“Espero o dia em que serão levados diante de um Tribunal Internacional os políticos e os militares de Israel responsáveis pelo genocídio do qual o povo palestino tem sido vítima nos últimos sessenta anos. Pois, como escrevi há alguns meses, “enquanto houver um palestino vivo, continuará o holocausto”.”




“A direita nunca deixou de ser direita, mas a esquerda deixou de ser esquerda. A explicação pode parecer simplista, mas é a única que contempla todos os aspectos da questão. Para ser participantes mais ou menos tolerados nos jogos de poder, os partidos de esquerda correram todos para o centro, onde se encontraram inevitavelmente com uma direita política e econômica já instalada que não precisava se camuflar de centro. Entrou-se então na farsa carnavalesca de denominações caricaturais, como centro-esquerda ou centro-direita.”




“Os Estados Unidos são realmente odiados por uma parte do mundo e objeto de desconfiança e receio de outra. Ganharam tudo à força com suas torpezas e arbitrariedades, com sua soberba e sua insolência, com suas mentiras e seus abusos, com o seu quero tudo e mando em tudo. E agora se queixam. É preciso ser muito hipócrita.”




“O sindicalismo esta domesticado, e essa foi a grande operação do sistema capitalista: a domesticação. E ao mesmo tempo nos dizem que somos livres – isso é o mais cruel.”




“O pior é que esta se formando um sistema no qual as pequenas coisas são as que ocupam mais espaços, a informação e a preocupação das pessoas. Os grandes temas aparecem diluídos, por trás, e nunca os vemos.”




“Há um problema no mundo que é o problema da informação, que estão controlando a informação. Hoje as palavras mais construtivas, as mais limpas que se pode pronunciar às vezes não chegam a parte alguma, porque a mídia se encarrega de fazer com que isso aconteça.”




“Há sempre uma relação perversa nesse trinômio Estado-empresa-jornal. Pode-se dizer que, a rigor, já não existem jornais: o que há são empresas jornalísticas.”




“Não é raro que os meios de comunicação social alimentem o pior que a sociedade manifesta.”




“O jornalismo contribui para formar a realidade que lhe convém, dar a imagem que lhe convém. Os dados que nos faltam aos cidadãos são tantos que as pessoas tendem a desinteressar-se do esforço para compreender o mundo em que vivem.”




“Para mim, é muito claro que, entre os direitos humanos de que se fala tanto, existe um que não pode ser esquecido: o direito à heresia, a escolher outras coisas.”




“A globalização econômica é compatível com os direitos humanos? Temos de nos colocar essa pergunta e verificar que a resposta é que ou existe globalização ou existem direitos humanos, por mais que os poderes tenham a hipocrisia de dizer que a globalização favorece os direitos humanos, quando o que ela faz é fabricar excluídos. A globalização é simplesmente uma nova forma de totalitarismo, que não precisa chegar sempre vestindo uma camisa azul, marrom ou preta e com o braço em riste; o totalitarismo tem muitas faces, e a globalização é uma delas. Para reverter a situação, seria preciso voltar a Marx e a Engels, embora seja quase politicamente incorreto se referir a esses cadáveres da história quando a ideologia parece que morreu.”




“O intelectual não pode estar com o poder.”




“Não me parece que o fato de eu ser como sou possa ser uma causa direta de um conflito com alguém que é outro. Se eu reconheço o outro como outro, tenho, por motivos éticos, de respeitá-lo, e então não haveria nenhum conflito. Porque quando aquilo que chamamos de identidade se transforma em agressividade, não é por culpa da diferença, mas sim da necessidade de poder. Se me torno agressivo em relação ao outro na afirmação da minha identidade, não é por sermos diferentes, mas sim porque quero exercer o meu poder sobre ele.”




“Falar de democracia, neste contexto, é uma perda de tempo. Esta democracia é uma ilusão. A cidadania esta anestesiada, o consumismo é a nova ideologia.”




“O que se pergunta é que tipo de vida nós queremos. O único lugar público seguro que existe é o centro comercial, como antes eram o parque, a rua, a praça. Não sou saudosista, mas para entender o presente é preciso falar do passado. O centro comercial é a nova catedral e a nova universidade: ocupa o espaço da formação da mentalidade humana. Os centros comerciais são um símbolo. Nada tenho contra eles. Sou contra, sim, uma forma de ser, um espírito quase autista de consumidores obcecados pela posse de coisas. É espantosa a quantidade de coisas inúteis que se fabricam e se vendem, e o Natal é uma ocasião maravilhosa para comprovar isso.”




“Sempre achei que, além da antropofagia direta, existe uma outra forma de devorar o próximo: a exploração do homem pelo homem. Neste sentido, a história da humanidade é a história da antropofagia.”




“Os governos ocidentais reservam a classificação de terrorista para os atos de violência indiscriminada realizados por ativistas que não agem enquadrados por uma organização estatal e se negam a reconhecer a existência do terrorismo de Estado. Aproveitam-se do fato de que o terrorismo puro não pretende se esconder – ao contrário, se esforça ao máximo para que a sociedade saiba de sua existência –, enquanto o terrorismo de Estado faz todo o possível para se tornar “invisível”, porque é tanto mais eficaz quanto mais despercebido passa.”




“Começa a se forjar uma maneira de ver o mundo que é definida por três vetores muito claros: a neutralidade, o medo e a resignação.”




“Não nos incomoda viver no meio do lixo quando saímos para a rua perfumados.”




“O que as pessoas não conseguiram, e alguma razão têm, foi vencer o medo de perder o emprego. E o resultado é a neutralização do espírito de militância que durante gerações caracterizou a classe operária.”

Postado por Doney Stinguel à

domingo, 24 de agosto de 2014

CINCO DIAS PARA CONQUISTAR MULHERES

ZERO HORA 22/08/2014 | 21h12

O mestre da sedução. Especialista em sedução dá 5 dicas para conquistar mulheres. Fernando Fenix já treinou mais de dois mil homens no Brasil

por Felipe Martini


Fernando Fenix ensina técnicas de abordagem e linguagem corporalFoto: Felipe Martini / Agência RBS


O carioca Fernando Fenix largou a atividade de promoter de baladas no Rio de Janeiro para se tornar professor de uma arte muito conhecida, mas pouco dominada: a da sedução. Fernando comanda a filial brasileira da escola PUA Training, aberta em 2007 por Richard Gambler em Londres, na Inglaterra.

– Apesar de namorar algumas mulheres, sempre fui tímido. Decidi mudar isso e mergulhei no mundo da sedução. Li muitos livros e fui em diversos seminários. Até que conheci o Richard e firmamos essa parceria – conta.

Em Porto Alegre, mais de 200 homens já passaram pelo curso. Além do site, Fenix também possui um canal no YouTube, para esmiuçar dicas de conquista. A pedido de ZH, o professor deu cinco dicas para se aperfeiçoar na arte da sedução e se diferenciar dos homens não iniciados. As dicas, assim como o curso, são voltadas para homens heterossexuais.

1. Não hesite: para um homem, nada é mais frustrante do que trocar olhares com uma mulher e não ter coragem de abordá-la. É preciso tomar atitude e ter iniciativa. Iniciar uma conversa para conhecer melhor a pessoa. Não tenha medo.

2. Cuidado com a linguagem corporal: na balada, evite ficar com as mãos no bolso, com os braços cruzados ou grudado de costas para a parede. É preciso ter uma atitude positiva, uma postura relaxada e, quando conversar com uma mulher, é importante gesticular. Isso prende a atenção e desperta curiosidade nas mulheres que estão a sua volta.

3. Evite questionários e assuntos negativos: na hora de dialogar com uma mulher, é aconselhável explorar pontos da fala dela para criar linhas de conversação e gerar vínculo. Não concorde com tudo que ela falar para não entrar na friendzone. A mulher aprecia um homem de opinião e ponto de vista.

4. Repare nos detalhes: mulheres ouvem elogios sobre sua aparência o tempo todo. É preciso reparar nos detalhes e valorizá-los. As mulheres apreciam isso.

5. Encurte a distância e faça contato físico: não adianta o papo estar bom se não tiver o contato físico. Enquanto conversa, tente pegar na mão dela, mexer em seu cabelo. Se ela se sentir à vontade, tente abraçá-la. O beijo deve ser o ápice.


http://puatraining.com.br/


Conheça o curso que transforma homens em sedutores. Workshop ensina homens comuns a se tornarem mestres na arte da conquista


Curso de sedução ensina técnicas de abordagem e linguagem corporalFoto: Bruno Alencastro / Agencia RBS


Às 19h de uma sexta-feira nublada de novembro de 2013, o Bootcamp (treinamento intensivo de sedução) começa por uma apresentação informal. No centro de convenções de um hotel no Centro da Capital, um tímido gordinho de olhos azuis confessa:

– Não sou antissocial, mas tenho muita dificuldade de me relacionar com mulheres.

Em seguida, um moreno, baixo, de mais ou menos 30 anos e com sotaque interiorano pede a palavra.

– Fui militar durante quatro anos, o sistema recluso e a convivência diária com homens me deixou travado para abordar mulheres. Tive um namoro frustrado e agora que estou solteiro e quero aproveitar essa fase – diz.

Um a um, os sete alunos, vindos de diferentes partes do Rio Grande do Sul, se apresentaram. Em comum, além da recente retirada de cerca de R$ 1,2 mil da conta bancária, um objetivo: aprender a seduzir mulheres.

O Bootcamp é um dos cursos oferecidos pela PUA Training, uma empresa que oferece serviços de coaching e consultoria de imagem para homens heterossexuais, com sede em Londres desde 2007. A filial brasileira começou no início de 2011, trazida pelo empresário carioca Fernando Fenix. As técnicas ensinadas se baseiam no livro ”A arte natural da sedução” , da Editora Sextantede, escrito por Richard La Ruina, artista da sedução e fundador da sede britânica. As inscrições podem ser feitas através do site.

Em Porto Alegre, o workshop é ministrado por ex-alunos de Fenix, o estudante de Engenharia Rafael Antunes e pelo professor de Educação Física Ricardo Silva. O curso dura três dias e se divide em aulas teóricas e práticas. Primeiro, os participantes conversam sobre quais são os seus problemas e recebem dicas dos instrutores para melhorar suas habilidades sociais. Depois, nos chamados games, põem à prova os ensinamentos.

Os instrutores começaram o curso, expondo questões referentes à linguagem corporal, abordagem e características do macho alfa.

– O macho alfa precisa ter confiança, senso de liderança e uma linguagem corporal relaxada e empática – explica Ricardo.

– O importante na hora de abordar uma mulher é não ter medo de rejeição. É aconselhável não criar barreiras, não idealizar o momento perfeito. É preciso agir – complementa Rafael.

Após mais de 3 horas de explicação e conversa, o grupo partiu para o primeiro teste prático, também chamado de night game. Numa famosa balada sertaneja da Capital, os pupilos da sedução tinham um objetivo claro dado pelos instrutores. A missão daquela noite não era sair beijando toda a festa mas, sim, "abrir sets", ou seja, incluir-se no grupo feminino onde está o alvo, a menina desejada.

Muitos dos aprendizes sofreram de AA (ansiedade de aproximação). Após muitas tentativas e abordagens, a meta foi cumprida. Todos os alunos abordaram o número de mulheres estipulado pela meta.

2° dia

O começo do segundo dia serviu para avaliar a performance dos aprendizes. Guilherme*, estudante universitário, comentou a experiência:

– Sou tímido e meu peso sempre esteve ligado à minha autoestima. O desafio prático me mostrou que isso é uma crença limitante. Eu nunca tinha chegado em ninguém numa balada e ontem consegui abordar cinco. No início fiquei ansioso mas depois relaxei e curti.

Após os feedbacks, os instrutores deram dicas de abordagem para o chamado Day Game (abordagem diurna). Segundo os especialistas, as técnicas são diferentes, o nervosismo para abordar mulheres à luz do dia é normal e o approach tem que parecer espontâneo e despretensioso. Após a aula teórica, os alunos foram levados ao Parque Farroupilha com uma meta clara: aproximar-se de três mulheres e conseguir seus telefones ou seus perfis de Facebook. Após algumas horas, todos os estudantes voltaram sorridentes e com suas agendas mais recheadas.

No sábado à noite, todos retornaram ao hotel para mais aulas teóricas, onde foram exploradas técnicas de conversação, como gerar atração e como usar o toque.

– O toque tem que ser feito de forma escalada. Primeiro pegar na mão ou mexer no cabelo dela, depois abraça-la para só então tentar o beijo. Ela precisa se sentir a vontade com esse contato físico para relaxar e criar intimidade – explica o instrutor.

Após a aula, a parte prática foi numa balada eletrônica da Capital. O ex-militar Alexandre*, mais relaxado que na noite anterior, aplicou as dicas e prosperou:

– Consegui ficar com uma menina e pegar mais dois telefones. O meu crescimento pessoal foi absurdo – afirmou.

3° dia

O último dia de Bootcamp começou com uma reunião num grande shopping da Capital. Os alunos tiveram que se aperfeiçoar nas abordagens diurnas. Guilherme estava desmotivado. Apesar de perder o medo de conversar com pessoas do sexo oposto, não tinha conseguido sequer pegar um telefone no final de semana. Após uma volta para "mapear o terreno", ele vira eufórico pra mim e diz:

– Uma guria olhou pra mim e sorriu. Foi antes de subir a escada rolante – me avisou

– Então desce e vá falar com ela – aconselhei.

– Mas ela está sentada numa mesa com a mãe e com a irmã – ponderou.

Após algumas palavras de encorajamento e motivação, Guilherme tomou coragem e foi de peito aberto falar com a morena de semblante tímido, com quem tinha trocado olhares. Assisti a cena incrédulo. Após abordar a menina, ela o convidou para sentar, sorriu e ao final deu seu telefone. Como se tivesse ganho uma Copa do Mundo, o estudante veio eufórico me mostrar o troféu conquistado.

– Consegui. Consegui. Nunca tinha sentido algo assim. Estou muito feliz comigo mesmo – gaguejou em êxtase.

Após o exercício, os instrutores deram um feedback de cada um no curso. Os alunos se mostraram satisfeitos com o resultado e alguns até afirmaram que aquele final de semana tinha mudado suas vidas.

– É uma mudança gradativa. Sou outro homem, mais confiante e comunicativo. Descobri que muitos medos que eu tinha eram infundados e por isso o curso valeu a pena – concluiu Alexandre.


*Os nomes verdadeiros dos alunos foram trocados para preservar os entrevistados.

sábado, 9 de agosto de 2014

VIVER EM MIAMI

REVISTA ISTO É N° Edição: 2333 | 08.Ago.14


Cada vez mais brasileiros vivem na capital do sol e das compras. Saiba quem são eles e o que é preciso fazer para realizar esse sonho

Chris Delboni, de Miami, e Mariana Queiroz Barboza 






Foi com poucas malas e o sonho de experimentar a vida nos Estados Unidos que a empresária Ana Paula Mariutti, 45 anos, o marido, Alexandre, 46, e os filhos Thomas, 15, e Lucas, 13, desembarcaram no Aeroporto de Miami, na Flórida, no domingo 3. Sócia de duas escolas bilíngues em São Paulo, Ana Paula já estava acostumada a passar as férias na cidade ao menos uma vez por ano. Encantou-se tanto com o lugar que decidiu ficar em definitivo por lá. Os Mariutti vão morar em North Miami Beach, um paraíso a menos de dois quilômetros da praia, e assim se juntam aos 250 mil brasileiros que atualmente vivem na Flórida. A maioria deles, em Miami e arredores, como Fort Lauderlade e Boca Raton. “Sou atraída pelo estilo de vida americano, mas queria um lugar próximo de nossa realidade cultural”, diz Ana Paula. Não é recente o interesse dos brasileiros pela região. A novidade é que o fenômeno agora conhece um terceiro – e mais marcante – ciclo. Primeiro houve a invasão dos turistas, em meados da década de 1990. Depois, no final dos anos 2000, muitos deles descobriram que era vantajoso comprar um imóvel na cidade. Além de o custo ser inferior a similares vendidos no Brasil e da perspectiva de valorização do investimento, parecia ser um jeito de manter uma ligação com a cidade. Agora, nessa terceira fase, as pessoas simplesmente querem ficar – talvez para sempre.



Qual é a mágica de Miami que seduz tanta gente? Não são poucos os seus atributos. A cidade é daquelas raras que combinam beleza natural com vasta oferta de serviços. São 24 quilômetros de praias de areia branca e mar azul de frente para o Caribe. Mas isso pode ser encontrado em outros lugares. A diferença da capital do sol nos Estados Unidos é todo o resto que ela proporciona. Para quem gosta de ir às compras, talvez não exista melhor destino no mundo. Para os padrões brasileiros, seus preços são baixíssimos. Roupas, eletrônicos, computadores, itens de decoração, cosméticos, artigos para bebês, tudo custa bem menos. Quase sempre, metade do valor praticado no Brasil. Às vezes, um terço. Não é só. Em Miami, os serviços públicos funcionam. Os parques são bem cuidados. Os pedestres são respeitados no trânsito. Se a pessoa mora numa região central, dá para fazer tudo a pé ou de bicicleta. A sensação de segurança permite que se caminhe à noite, de frente para o mar, sem o pavor típico experimentado por quem vive em uma grande cidade brasileira. As escolas públicas são boas. Faz calor boa parte do ano. E Miami é perto de tudo. Até do Brasil. Para São Paulo, são oito horas de voo. Nova York, menos de três. Havana, a capital cubana, 40 minutos.



A maior deficiência de Miami, e que rendia críticas severas mundo afora, era sua irrelevância cultural. Mas isso está mudando. Se não é uma Paris ou uma Nova York, a região caminha para se tornar um centro cosmopolita. E parte dessa transformação se deve à extensa comunidade latina. Antes vista com certo preconceito, agora ela se insere na sociedade americana pela via mais nobre, a da arte e da cultura. Há seis meses, o antigo Miami Art Museum foi renomeado Pérez Art Museum, depois de um aporte de US$ 40 milhões do bilionário cubano-americano Jorge Pérez. Há muito mais. No inverno, a cidade respira cultura com a realização do Art Basel, reconhecido como um dos mais importantes eventos de arte contemporânea do mundo. Inspirado por essas transformações, o jornal britânico “The Guardian” classificou Miami como “a cidade mais excitante dos Estados Unidos”, um elogio e tanto vindo de uma das publicações mais sisudas da Europa. “Às vezes, Miami parece estar seguindo a fórmula de Londres: especulação imobiliária + arte contemporânea + boom de restaurantes + diversidade cultural = cidade global dinâmica”, escreveu o crítico de arquitetura Rowan Moore, em artigo recente.





Uma comprovação definitiva dessa tendência é o Design District, região que concentra grifes como Cartier, Louis Vuitton e Louboutin e que, nos últimos anos, ganhou novas galerias, estúdios e antiquários. Perto dali, o bairro de Wynwood fez de suas ruas uma grande galeria de arte alternativa, ao exibir grafites do mundo inteiro, inclusive do Brasil, presente com os desenhos dos Gêmeos. O País desempenha um papel relevante no amadurecimento cultural da cidade. Com uma galeria na Lincoln Road, em Miami Beach, o pernambucano Romero Britto foi um dos primeiros brasileiros a se instalar na região e a fazer sucesso entre americanos e latinos. Neste exato momento, a arte brasileira está em destaque na região. Até setembro, na Galeria Richard Shack do ArtCenter/South Florida, está aberta à visitação uma exposição da escultora e pintora paulista Laura Vinci. “Quando vim para cá de vez, não havia uma ligação relevante da cidade com a arte e a cultura”, afirma Paulo Bacchi, dono da loja de móveis de luxo Artefacto, com três endereços na Flórida e 11 no Brasil. Bacchi trocou São Paulo pelos Estados Unidos em 2002. Fez tanto sucesso por lá que se tornou líder no segmento de móveis de luxo na cidade. “Hoje, Miami é cosmopolita.”





A presença maciça de brasileiros tem forte impacto na Miami que surgiu nos últimos anos. Graças a eles, os restaurantes começaram a ficar abertos até mais tarde, como acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro. Por causa do Brasil, muitas lojas estimulam seus funcionários a aprender algumas palavras em português. Em 2013, 755 mil turistas brasileiros desembarcaram em Miami, segundo o órgão oficial de turismo da cidade – um avanço de 9,5% em relação ao ano anterior e de quase 20% sobre 2011. Na Flórida como um todo, que abriga os parques da Disney em Orlando, os brasileiros correspondem ao maior contingente de turistas estrangeiros, com 1,8 milhão de visitantes no ano passado e um desembolso total de R$ 5,7 bilhões no período. Isso provocou um aumento nos investimentos das companhias aéreas, interessadas na demanda cada vez maior. Até o fim do ano, a Azul deve inaugurar uma rota já utilizada pela Gol que liga Campinas, no interior de São Paulo, a Fort Lauderdale, a cerca de 40 quilômetros de Miami, com tarifas promocionais a partir de US$ 600. A American Airlines, que realiza voos diretos partindo de várias capitais do País, planeja fazer a mesma rota em breve.



No mundo dos negócios, os brasileiros provocaram uma revolução, especialmente no setor imobiliário. O movimento começou depois que a crise econômica de 2008 derrubou o preço dos imóveis no mercado americano. Atraídas pela ideia de pagar menos por uma casa de veraneio em Miami do que por uma propriedade no Rio ou em São Paulo, muitas pessoas começaram a procurar apartamentos para investir. Não por acaso, os brasileiros se tornaram o terceiro maior grupo de compradores de imóveis em Miami e arredores. “A procura é tanta que, nos próximos dois anos, eles devem liderar esse ranking”, afirma Claudia Murad, sócia da Unique Living Miami – Exit Realty Brickell. Para atender à crescente demanda, os serviços das corretoras se estenderam a recepção nos aeroportos, reserva de restaurantes, aluguel de carros e barcos e ao cuidado das casas enquanto os proprietários estão fora do país. No segmento de luxo, os brasileiros também representam fatia importante. Projetado pela arquiteta pop star Zaha Hadid, o One Thousand Museum, que tem apartamentos cotados entre US$ 5 milhões e US$ 15 milhões, já vendeu 28% de suas unidades a brasileiros, mais até do que para americanos.


REQUISITADO
O artista plástico pernambucano Romero Britto foi um dos primeiros
brasileiros a se instalar em Miami e fazer sucesso entre os americanos

Há dez anos, a imobiliária Elite International Realty recebia dois pedidos por mês de brasileiros interessados em se mudar para o sul da Flórida. Hoje são duas consultas por dia – e de pessoas que não querem baixar o padrão que têm no Brasil. Dona de uma casa de cinco suítes em Miami Beach, usada há três anos como refúgio da família em feriados prolongados, Cristiane Quitete Nogueira, 44 anos, quer se mudar de vez em 2015 com o marido, o empresário aposentado Marco Antônio Gomes Nogueira, 56, e a filha mais nova do casal, Antônia, 5. “Vou em busca de mais qualidade de vida e segurança”, afirma. A questão da segurança é um fator importante na escolha de muitas pessoas. A psicóloga Taluana Cabral, 35 anos, considerou três episódios de violência urbana sofridos por sua família em Santos para que decidisse pela mudança. “Vivia em estado de alerta”, diz. “Em Miami, tenho outro estilo de vida. Matriculei meus filhos numa escola pública de Key Biscayne e faço quase tudo a pé.”





Outro atrativo para os brasileiros é o dinamismo típico da sociedade americana. Ao contrário do que acontece no Brasil, montar um negócio nos Estados Unidos requer pouca burocracia. Para abrir uma empresa no ramo de logística, com instalações físicas e alvará de funcionamento, o empresário Junior Amaral, 46 anos, precisou de apenas um mês em Miami. Em São Paulo, chegou a esperar um ano e meio apenas por uma licença da prefeitura. Os brasileiros também estão descobrindo que obter um visto de permanência é menos complicado do que se imagina. Ainda que só a compra de um imóvel não garanta nenhum direito especial, empreendedores dispostos a investir a partir de US$ 500 mil num negócio que gere emprego a americanos ou residentes permanentes legais conseguem um visto de imigrante que, na maioria dos casos, se estende ao cônjuge e aos filhos menores de 21 anos. As licenças de moradia para não imigrantes são boas opções para os estrangeiros que ambicionam fazer um período de experiência nos Estados Unidos. Nesses casos, basta aos interessados se matricular em universidades e outras instituições de ensino, inclusive escolas de idiomas. Nunca foi tão fácil morar em Miami. Será que está chegando a sua vez?