Os segredos para enriquecer a dois
Em seu novo livro, “Os Segredos dos Casais Inteligentes”, o consultor financeiro Gustavo Cerbasi ensina casais a fazerem fortuna sem deixar de desfrutar o presente
O GLOBO
RIO — Desde que resolveram morar juntos, há pouco mais de um ano, o
administrador Thiago de Ávila, de 31 anos, e a jornalista Júlia Borba,
28, começaram a controlar as finanças para comprar um imóvel. O casal
vive em um apartamento conjugado no Largo do Machado, mas ainda não
decidiu se a tão sonhada aquisição servirá de casa própria ou para fazer
renda com locação. Tem investimentos na poupança e Bolsa de Valores e
todas as despesas vão parar numa planilha controlada mensalmente. Mesmo
assim, os dois consideram que extrapolam nos gastos com lazer e
alimentação. Como muitos outros casais, querem fazer fortuna, mas têm
dúvidas sobre qual estratégia adotar.
Para o consultor financeiro e autor do recém lançado livro “Os Segredos dos Casais Inteligentes” (Editora Sextante), Gustavo Cerbasi, o maior erro de um casal, quando se fala em poupar, é cortar pequenos prazeres como o cafezinho na padaria depois do almoço, a ida ao cinema, o jantar a dois ou mesmo a manicure. Gastos comumente taxados de supérfluos, mas que garantem o bem-estar e a estabilidade psicológica de quem os desfruta e, consequentemente, do casal, afirma Cerbasi em seu novo livro. Para o consultor, o errado não é ter caprichos, mas estourar o cartão de crédito por falta de planejamento.
De nada adianta tentar economizar para diminuir o custo de vida se a estrutura básica dos custos não muda. Em vez de tentar cortar dezenas de pequenos gastos relacionados ao escasso lazer, aconselha Cerbasi, seria muito mais eficaz trocar a moradia atual por uma menor. Todos os gastos com contas de consumo, impostos e manutenção tendem a diminuir quase que proporcionalmente.
— O que o casal precisa é mudar a sua maneira de fazer escolhas, principalmente as grandes, aquelas que terão impacto na vida dos dois por muitos anos. Revejam o estilo de vida. Se trocarem um apartamento de 150m² por um de 120m² não haverá mais conforto, mas reduzirão os gastos com energia, água e impostos. Não dá é para ficar sem verba para sair da rotina. Até se consegue poupar dessa forma, mas você estará condenando a sua felicidade — alerta o consultor.
Planilhas, tabelas e aplicações são parte da estratégia para enriquecer a dois, mas nada é mais importante do que o diálogo e a maneira como ele se dá. É comum casais associarem conversas sobre dinheiro a discussões e evitar ao máximo o assunto. Cerbasi defende em seu novo livro que casais com o hábito de conversarem abertamente sobre planos e vontades, não sobre dinheiro, e que, a partir disso, montam um planejamento financeiro para atingir estas metas, serão mais felizes.
— Eu não gosto de conversar sobre dinheiro, nem a Júlia. Contudo, alguns objetivos e sonhos sempre batem à porta para dizer: "Cara, para conquistar isso tudo você precisa sim pensar em finanças." Apesar de não ser fácil — conclui o administrador Thiago.
O esforço é necessário e vale a pena. Afinal, "não há paixão que resista à falta de dinheiro", sentencia Cerbasi.
Para o consultor financeiro e autor do recém lançado livro “Os Segredos dos Casais Inteligentes” (Editora Sextante), Gustavo Cerbasi, o maior erro de um casal, quando se fala em poupar, é cortar pequenos prazeres como o cafezinho na padaria depois do almoço, a ida ao cinema, o jantar a dois ou mesmo a manicure. Gastos comumente taxados de supérfluos, mas que garantem o bem-estar e a estabilidade psicológica de quem os desfruta e, consequentemente, do casal, afirma Cerbasi em seu novo livro. Para o consultor, o errado não é ter caprichos, mas estourar o cartão de crédito por falta de planejamento.
De nada adianta tentar economizar para diminuir o custo de vida se a estrutura básica dos custos não muda. Em vez de tentar cortar dezenas de pequenos gastos relacionados ao escasso lazer, aconselha Cerbasi, seria muito mais eficaz trocar a moradia atual por uma menor. Todos os gastos com contas de consumo, impostos e manutenção tendem a diminuir quase que proporcionalmente.
— O que o casal precisa é mudar a sua maneira de fazer escolhas, principalmente as grandes, aquelas que terão impacto na vida dos dois por muitos anos. Revejam o estilo de vida. Se trocarem um apartamento de 150m² por um de 120m² não haverá mais conforto, mas reduzirão os gastos com energia, água e impostos. Não dá é para ficar sem verba para sair da rotina. Até se consegue poupar dessa forma, mas você estará condenando a sua felicidade — alerta o consultor.
Planilhas, tabelas e aplicações são parte da estratégia para enriquecer a dois, mas nada é mais importante do que o diálogo e a maneira como ele se dá. É comum casais associarem conversas sobre dinheiro a discussões e evitar ao máximo o assunto. Cerbasi defende em seu novo livro que casais com o hábito de conversarem abertamente sobre planos e vontades, não sobre dinheiro, e que, a partir disso, montam um planejamento financeiro para atingir estas metas, serão mais felizes.
— Eu não gosto de conversar sobre dinheiro, nem a Júlia. Contudo, alguns objetivos e sonhos sempre batem à porta para dizer: "Cara, para conquistar isso tudo você precisa sim pensar em finanças." Apesar de não ser fácil — conclui o administrador Thiago.
O esforço é necessário e vale a pena. Afinal, "não há paixão que resista à falta de dinheiro", sentencia Cerbasi.
Os cinco passos para construir riqueza a dois
Confira as dicas de Gustavo Cerbasi, autor do livro Os Segredos dos Casais Inteligentes
1° Jogar aberto
Falar sobre dinheiro não pode ser o mesmo que fazer da vida um conjunto de controles e planilhas. O recomendável é que se estabeleça um jogo aberto que, além de fortalecer a cumplicidade do casal vai estimular a sacrifícios e esforços pelo propósito de enriquecer. Uma das maneiras mais eficientes de iniciar essa conversa é pelas perguntas: "Você está feliz?", "Há algum sonho ou desejo deixado para trás?", "Quanto custa esse sonho?". Tornar esse diálogo frequente garantirá a reconstrução do que não está bem e um planejamento para atingir as metas traçadas.
2° Unir o planejamento financeiro
O planejamento financeiro do casal tem de ser feito sempre a dois. Ambos devem levar em consideração o padrão total, somadas as rendas, ao planejar aquisições e gastos. As escolhas de cada um têm de ser boas para ambos. Não importa quanto cada um ganha ou se apenas um tem renda e o outro cuida do lar. Se um casal decidiu construir uma vida a dois haverá inúmeras decisões financeiras a serem tomadas e essa sintonia é importante. Mas isso não pressupõe, necessariamente, a união das contas bancárias.
3° Conversar sobre decisões do cotidiano
A tendência é que o mais gastador seja equilibrado pelo mais poupador. Peça opinião ao seu parceiro sobre investimentos, gastos com a família (ter de ajudar, pai, mãe e irmãos). Evite que a sua liberdade individual coloque em risco os planos e compromissos assumidos pelo casal, a chamada infidelidade financeira. Um dos tipos mais comuns de traição acontece quando, para evitar uma briga, um dos dois mente ou omite uma informação financeira ao parceiro, como esconder despesas ou dívidas que não estavam nos planos ou comprar um sapato novo caríssimo e dizer que ganhou de presente.
4° Fazer da carreira um projeto do casal
A carreira costuma ser planejada para ser uma conquista pessoal. Este é um dos maiores erros dos casais, motivo de um grande número de divórcios. O casal terá um caminho muito mais prazeroso na construção da independência financeira se a parceria se estender às questões profissionais. Ambos devem estar preparados para, em algum momento, abrir mão da carreira pela do outro, no caso de uma proposta para morar fora do país, por exemplo. A carreira do parceiro tem de ser um plano B com o qual você poderá contar caso receba uma proposta ousada e precise arriscar. Se der errado, o seu parceiro tem de estar preparado para segurar as pontas enquanto você se restabelece no mercado.
5° Manter a liberdade e independência de consumo
É importante que ambos possam reservar parte do orçamento para gastos pessoais, sem ter de se preocupar com o plano financeiro familiar. Seja para comprar um sapato ou roupa nova ou pagar pensão para um filho de outro relacionamento. Preservar a liberdade de cada um é fundamental para preservar a relação.
Falar sobre dinheiro não pode ser o mesmo que fazer da vida um conjunto de controles e planilhas. O recomendável é que se estabeleça um jogo aberto que, além de fortalecer a cumplicidade do casal vai estimular a sacrifícios e esforços pelo propósito de enriquecer. Uma das maneiras mais eficientes de iniciar essa conversa é pelas perguntas: "Você está feliz?", "Há algum sonho ou desejo deixado para trás?", "Quanto custa esse sonho?". Tornar esse diálogo frequente garantirá a reconstrução do que não está bem e um planejamento para atingir as metas traçadas.
2° Unir o planejamento financeiro
O planejamento financeiro do casal tem de ser feito sempre a dois. Ambos devem levar em consideração o padrão total, somadas as rendas, ao planejar aquisições e gastos. As escolhas de cada um têm de ser boas para ambos. Não importa quanto cada um ganha ou se apenas um tem renda e o outro cuida do lar. Se um casal decidiu construir uma vida a dois haverá inúmeras decisões financeiras a serem tomadas e essa sintonia é importante. Mas isso não pressupõe, necessariamente, a união das contas bancárias.
3° Conversar sobre decisões do cotidiano
A tendência é que o mais gastador seja equilibrado pelo mais poupador. Peça opinião ao seu parceiro sobre investimentos, gastos com a família (ter de ajudar, pai, mãe e irmãos). Evite que a sua liberdade individual coloque em risco os planos e compromissos assumidos pelo casal, a chamada infidelidade financeira. Um dos tipos mais comuns de traição acontece quando, para evitar uma briga, um dos dois mente ou omite uma informação financeira ao parceiro, como esconder despesas ou dívidas que não estavam nos planos ou comprar um sapato novo caríssimo e dizer que ganhou de presente.
4° Fazer da carreira um projeto do casal
A carreira costuma ser planejada para ser uma conquista pessoal. Este é um dos maiores erros dos casais, motivo de um grande número de divórcios. O casal terá um caminho muito mais prazeroso na construção da independência financeira se a parceria se estender às questões profissionais. Ambos devem estar preparados para, em algum momento, abrir mão da carreira pela do outro, no caso de uma proposta para morar fora do país, por exemplo. A carreira do parceiro tem de ser um plano B com o qual você poderá contar caso receba uma proposta ousada e precise arriscar. Se der errado, o seu parceiro tem de estar preparado para segurar as pontas enquanto você se restabelece no mercado.
5° Manter a liberdade e independência de consumo
É importante que ambos possam reservar parte do orçamento para gastos pessoais, sem ter de se preocupar com o plano financeiro familiar. Seja para comprar um sapato ou roupa nova ou pagar pensão para um filho de outro relacionamento. Preservar a liberdade de cada um é fundamental para preservar a relação.
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