sábado, 14 de abril de 2012

TRATAMENTO PARA CHINELAGEM

Blog do Rogério Mendelski - Radio Guaíba, em 12 de abril de 2012

Acontece...

Em qualquer lugar público que se vá, sempre haveremos de encontrar pessoas mal-educadas e “grossas” quando o assunto é a oportunidade de mostrar boas maneiras. Vale no estacionamento do supermercado quando duas vagas são ocupadas, vale na fila do cinema, vale no balcão de atendimento de qualquer empresas ou repartição pública, como no caso abaixo.

Uma funcionária da empresa aérea Gol, no aeroporto de Congonhas, São Paulo, deveria ganhar um prêmio por ter sido esperta, divertida e ter atingido seu objetivo quando teve de lidar com um passageiro que, provavelmente, merecia voar junto com a sua bagagem…

Um vôo lotado da Gol fora cancelado. Uma única funcionária atendia e tentava resolver o problema de uma longa fila de passageiros. De repente, um passageiro irritado cortou toda a fila até o balcão, atirou o bilhete e disse:

- Eu tenho que estar neste vôo e tem que ser na primeira classe!

A funcionária respondeu:

- O senhor desculpe, terei todo o prazer em ajudar, mas tenho que atender estas pessoas, primeiro, já que elas também estão aguardando pacientemente na fila. Quando chegar a sua vez, farei tudo para poder satisfazê-lo.

O passageiro ficou irredutível e disse bastante alto para que todos na ouvissem:

- Você faz alguma idéia de quem eu sou?

Sem hesitar, a funcionária sorriu, pediu um instante e pegou o microfone anunciando:

- Posso ter um minuto de atenção dos senhores, por favor? (A voz ecoou por todo o terminal). Nós temos aqui um passageiro que não sabe quem é. Deve estar perdido… Se alguém é responsável por ele, ou é seu parente, ou então se puder ajudá-lo a descobrir sua identidade, favor comparecer aqui no balcão da Gol. Obrigada.

Além das gargalhadas descontroladas de todos, ainda levou uma calorosa salva de palmas. Com as pessoas atrás dele gargalhando histericamente, o homem olhou furiosamente para a funcionária, rangeu os dentes e disse, gritando:

- Eu vou te ferrar! (Na verdade, disse um palavrão impublicável).

Sem recuar, ela sorriu e disse:

- Desculpe meu senhor, mas até para isso, o senhor vai ter de esperar na fila. Tem muita gente aqui querendo fazer o mesmo.

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