segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O FEICE E SUA AUTOBIOGRAFIA

As mudanças anunciadas por Zuckerberg começam em breve. Mas o que vai mudar no seu perfil? - LINK - Carla Peralva, O ESTADO DE SÃO PAULO, 20 de novembro de 2011| 19h30

A sua página de perfil do Facebook vai mudar. No lugar do atual design de lista com fundo branco, vai entrar em cena a Timeline, uma espécie de “museu do eu” que vai organizar cronologicamente todas as atualizações já feitas na rede social. Veja quais são os elementos da nova página, que deve começar a entrar no ar nas próximas semanas e será obrigatória para todos os usuários.

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Museu do eu

Nicholas Felton ganhou fama como designer quando, no final de 2005, decidiu publicar seu próprio “relatório anual”, reunindo informações como quantas músicas havia ouvido, quantas milhas tinha voado e em quais relacionamentos tinha se envolvido durante o ano que estava acabando. Ele reuniu os dados em belos infográficos e os publicou na rede. Ano após ano, ele organizava diferentes informações pessoais cotidianas para contar visualmente para o mundo como havia sido seu ano.

Em abril de 2011, ele foi contratado pelo Facebook e, em setembro, Mark Zuckerberg anunciou como os relatórios anuais de Felton iriam mudar o jeito que os mais de 800 milhões de usuários da rede social lidavam com suas informações dentro do site.

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Era anunciada a Timeline, ou Linha do Tempo, reformulação da página de perfil que deve chegar a todos os usuários nas próximas semanas (não há data marcada) – queiram eles ou não.

Segundo Kumiko Hidaka, gerente de comunicação global do Facebook, “há tempos as pessoas sentem um forte sentimento de posse em relação a seus perfis. Para muita gente, esse é o lugar na internet onde elas podem falar sobre si mesmas para os outros. Nós quisemos dar aos usuários ainda mais jeitos de expressar quem são e do que gostam”.

A Timeline conta com uma grande foto no topo da página, um resumo das principais informações sobre o usuário e a linha do tempo propriamente dita, que organiza em duas colunas as publicações feitas pelo dono do perfil e as deixadas por amigos no mural. Do lado direito, há um menu navegável por anos e meses.

Assim, a Timeline dá aos posts antigos uma relevância quase tão grande quanto às atividades atuais. Uma viagem feita em 2009, o primeiro emprego, uma foto da infância, seu nascimento, está tudo lá. É tão fácil encontrar um post da semana passada quanto um de dois anos atrás.

Para os nostálgicos, a Timeline vem a calhar. É a narrativa cronológica da vida do usuário – pelo menos da vida que ele contou para seus amigos via Facebook. Os mais aficionados chegam a sentir mais vontade de registrar fatos cotidianos com fotos, localização e tags para manter o perfil o mais completo possível.

E essa espécie de “museu do eu online” é totalmente alterável: é possível esconder posts, publicar fatos com datas retroativas, adicionar localização a publicações, destacar fatos marcantes, como um casamento.

Sam Biddle, do Gawker Media, diz que a Timeline é “a melhor coisa que o Facebook já fez”. Nick Bilton, do New York Times, alerta que ver tantas coisas sobre si o faz estar às margens de um “Transtorno da Personalidade Narcisista Digital”.

Já Nick O’Neill, criador do blog All Facebook, afirma que a novidade não mudou substancialmente a forma como ele usa a rede social. Para ele, a principal mudança dentre todas as feitas nos últimos quatro meses foi a alteração do algoritmo que decide o que aparecerá no feed de notícias. “Ela teve um impacto muito mais dramático na experiência do site. O da Timeline foi pequeno, ela muda apenas o jeito como as pessoas interagem com seu perfil. Eu não sei ao certo qual a porcentagem de tempo que os usuários gastam em seus perfis, mas tenho certeza que a Timeline vai aumentar essa parcela. E quanto mais tempo um usuário gasta no Facebook, mais dinheiro eles fazem. É nisso que eles estão focados”.

Outro aspecto que o lançamento da Linha do Tempo levanta é a questão que sempre ronda o Facebook: privacidade. Tecnicamente, o novo design não modifica em nada o grau de privacidade. As informações só foram reorganizadas. Mas é exatamente a apresentação que choca.

Marc Rotenberg, diretor da Electronic Privacy Information Center, diz que a Timeline apresenta uma mudança radical na forma como postagens antigas são tratadas na rede – tão relevantes como as atuais – e esse é um formato mais revelador do que a maioria das pessoas gostaria. “Os usuários deveriam poder optar se essas mudanças serão aplicadas a seus dados pessoais. As informações são dos usuários, não do Facebook!”

Como ativar a nova Timeline do Facebook - 20 de novembro de 2011| 19h30 - Por Carla Peralva

Ainda não há data certa para que a Timeline seja lançada para todos os usuários – o processo de atualização deve começar nas próximas semanas. Mas é possível ter a novidade em alguns passos:

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Atenção | Para ativar a Timeline é necessário ter uma conta verificada, o que significa que você terá de informar um número de celular ou o de um cartão de crédito para o Facebook. Essa informação será registrada em seu perfil, mas fica visível apenas para você por padrão.

Nem tanta pressa | Quem não está tão ansioso pela novidade, mas quer ter prioridade quando o processo de atualização começar, pode se registrar na página facebook.com



1. O início | Habilite o acesso do aplicativo “Developers” do Facebook no seu perfil.

2. Crie um aplicativo | Vá em “Criar um app” e dê um nome para seu aplicativo. Nesse momento, será necessário verificar sua conta; os dados fornecidos precisam ser reais.

3. É só completar | Na guia “Open Graph”, clique em “Get Started using open graph” e preencha os campos usando os exemplos já dados na página.

4. Configurações | Você estará na página de configurações do seu aplicativo. Faça qualquer mudança nos campos preenchidos anteriormente. Por exemplo, troque “read” para “reeeeead”. Salve as mudanças e prossiga até o final do processo de configuração.



5. Ativação | Espere alguns minutos e volte para a página inicial do seu perfil. Lá estará um link para ativar a Timeline.

6. Discreta | Durante uma semana, sua Timeline não será pública a menos que você a publique. Depois disso, ela será automaticamente publicada. Mesmo antes da publicação, ela será vista como sua página de perfil por todos do Facebook que já tenham ativado a Timeline.

domingo, 13 de novembro de 2011

A GERAÇÃO DIGITAL NÃO SABE NAVEGAR

EDUCAÇÃO - Estudos recentes sugerem que os jovens não sabem pesquisar na internet. Como as escolas podem ajudá-los a explorar essa fonte de informação. BRUNO FERRARI - REVISTA ÉPOCA, 13/11/2011 13h20

No início dos anos 1990, uma coleção de enciclopédias tinha o mesmo valor educacional que um microcomputador tem hoje em dia – eram ótimas ferramentas de pesquisa para os estudantes. Para quem tem menos de 20 anos, pode parecer incompreensível. Como uma coleção de livros de capa dura, grandes, pesados e difíceis de manusear, pode ser tão eficaz quanto os programas de busca da internet, que nos colocam a dois cliques de qualquer resposta? A geração que nasceu depois do surgimento da internet tem a sua disposição o maior volume de informação da história. Mas novos estudos sugerem que a intimidade dos jovens com o mundo digital não garante que eles sejam capazes de encontrar o que precisam na internet.

Uma pesquisa da Universidade de Charleston, nos Estados Unidos, mostra que a geração digital não sabe pesquisar. Acostumados com a comodidade oferecida por mecanismos de busca como o Google, eles confiam demais na informação fácil oferecida por esses serviços. O estudo mostrou que os estudantes usam sempre os primeiros resultados que aparecem após uma busca, sem se importar com sua procedência. No estudo, os pesquisadores pediram a um grupo de universitários que respondesse a algumas perguntas com a ajuda da internet. Mas fizeram uma pegadinha: fontes de informação que não apareceriam no topo da lista de respostas do Google foram apresentadas propositalmente como primeira opção. Os estudantes nem notaram a troca: usaram as primeiras respostas acriticamente. Outro estudo, realizado pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, pedia que 102 adolescentes que estavam se formando no ensino médio buscassem termos diversos em sites de pesquisa on-line. Todos trouxeram os resultados, mas nenhum soube informar quais eram os sites usados para obter as respostas: se veio da internet, já estava bom.

A conclusão dos cientistas é que os estudantes de hoje confiam demais nas máquinas. Em princípio, esse comportamento faz sentido, porque os sistemas de buscas oferecem conteúdos cada vez mais relevantes. Mas gera uma efeito colateral preocupante: a perda da capacidade crítica. “Precisamos ensinar os alunos a avaliar a credibilidade das fontes on-line antes de confiar nelas cegamente”, diz Bing Pan, pesquisador da Universidade de Charleston. “As escolas deveriam ajudar os estudantes a julgar melhor as informações.”

O cenário descrito pela pesquisa não é exclusivo dos estudantes americanos. O paulistano Leonardo Castro, de 15 anos, estudante do 1º ano do ensino médio da escola Arquidiocesano, em São Paulo, diz que usa a internet para fazer 80% de seus trabalhos escolares. A fórmula se repete a cada trabalho: ele acessa o Google, insere o tema da pesquisa, consulta dois ou três sites que tratam da mesma coisa e redige seu texto.

“Dou preferência aos resultados que estão na primeira página”, afirma. Ele tem algumas fontes que considera mais confiáveis, como o site Brasil Escola. Conta que os professores incentivam o uso da internet nas pesquisas e alguns sugerem sites específicos que os alunos deveriam visitar. Mas Leonardo só se preocupa com as fontes de informação na hora de relacionar as referências usadas na pesquisa – algo diferente de olhar criticamente a informação antes de usá-la no trabalho.

A vestibulanda Clarice Araújo, de 18 anos, estuda no Imaculada Conceição, colégio tradicional de Belo Horizonte. Desde o 5º ano do ensino fundamental, ela usa a internet como principal ferramenta para ajudar nas lições. Os buscadores também se tornaram aliados em sua preparação para o vestibular e para a última prova do Enem. Clarice acertou 90% das questões, uma boa marca para quem pretende cursar medicina na Universidade Federal de Minas Gerais. Segundo ela, a maioria dos professores do colégio incentiva o uso da internet e sugere os melhores sites para pesquisar. “Já tomei um puxão de orelha por ter me baseado em apenas um site”, diz Clarice. “Sei que deveria verificar a origem das informações, mas, na maioria das vezes, uso só o bom-senso.” Os professores contam que a maioria dos estudantes não faz nem isso. Eles simplesmente copiam (com algumas palavras trocadas) informações que aparecem nas primeiras respostas do Google. É uma maneira muito limitada de usar a rica fonte de informações que é a internet. O caminho para evitar isso é o mesmo que se requer em qualquer outra disciplina: orientação e acompanhamento.

“O professor pode indicar alguns sites mais confiáveis para a pesquisa na hora de pedir um trabalho”, diz Adilson Garcia, diretor da escola Vértice, de São Paulo. Só isso, porém, pode não ser suficiente para formar alunos capazes de pesquisar de maneira crítica, criativa e independente. Primeiro, é preciso lhes mostrar como funcionam os mecanismos de busca. Eles devem entender que critérios esses serviços usam para hierarquizar suas respostas. Sabendo como os buscadores operam, podem restringir as buscas e obter resultados mais precisos. Em segundo lugar, os estudantes têm de aprender a verificar a procedência da informação, analisando em que tipo de site ela está publicada e se é confiável. O Google não escolhe suas respostas com base na veracidade ou qualidade do conteúdo. Por fim, os estudantes devem ser incentivados a confrontar a mesma informação em diferentes sites, para perceber como a orientação de cada um pode resultar em abordagens diferentes. “É preciso transformar os alunos em críticos da informação”, afirma a professora Maria Elisabeth Almeida, coordenadora do programa de pós-graduação em educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. “Esse não é um desafio apenas das escolas do Brasil. É um problema mundial.”

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O BOCHINCHO

Declamada por vJayme Caetano Braum - YOU TUBE

Jayme Caetano Braum declamando Bochincho, com Cenair Maica e Chaloy Jara.

O RETORNO BRAVO

Poesia Declamada por Odilon Ramos - YOU TUBE