ESTE QUESTIONAMENTO É MUITO OPORTUNO PARA O TEMPO DE AGORA. É uma colaboração da minha querida e amada prima Lígia.
Onde foi parar o tempo? - Marcelo Canellas - 31/10/2007
Sobre o tempo que ganhamos. Havia mais terrenos baldios.
E menos canais de televisão. E mais cachorros vadios. E menos carros na rua.
Havia carroças na rua.
E carroceiros fazendo o pregão dos legumes. E mascates batendo de porta em porta. E mendigos pedindo pão velho.
Por que os mendigos não pedem mais pão velho?
A Velha do Saco assustava as crianças. O saco era de estopa.
Não havia sacos plásticos, levávamos sacolas de palha para o supermercado.
E cascos vazios para trocar por garrafas cheias.
Refrigerante era caro. Só tomávamos no fim de semana.
As latas de cerveja eram de lata mesmo, não eram de alumínio.
Leite vinha num saco. Ou então o leiteiro entregava em casa, em garrafas de vidro.
Cozinhava-se com banha de porco. Toda dona-de-casa tinha uma lata de banha debaixo da pia.
O barbeador era de metal, e a lâmina era trocada de vez em quando.Mas só a lâmina.
As camas tinham suporte para mosquiteiro.
As casas tinham quintais. Os quintais tinham sempre uma laranjeira, ou uma pereira,
ou um pessegueiro.
Comíamos fruta no pé. Minha vó tinha fogão a lenha.
E compotas caseiras abarrotando a despensa. E chimia de abóbora, e uvada, e pão de casa.
Meu pai tinha um amigo que fumava palheiro. Era comum fumar palheiro na
cidade; tinha-se mais tempo para picar fumo.
Fumo vinha em rolo e cheirava bem.
O café passava pelo coador de pano. As ruas cheiravam a café.
Chaleira apitava. O que há com as chaleiras de hoje que não apitam?
As lojas de discos vendiam long plays e fitas K7.
Supimpa era ter um três-em-um: toca-disco, toca-fita e rádio AM (não havia FM).
Dizia-se 'supimpa', que significa 'bacana'. Pois é, dizia-se 'bacana', saca?
Os telefones tinham disco. Discava-se para alguém. Depois, punha-se o aparelho no gancho. Telefone tinha gancho. E fio.
Se o seu filho estivesse no quarto dele e você no seu escritório, você dava um berro pra chamar o guri, em vez de mandar um e-mail ou um recado pelo MSN.
Estou falando de outro milênio, é verdade.
Mas o século passado foi ontem!
Isso tudo acontecia há apenas 20 ou 25 anos, não mais do que o espaço de uma geração.
A vida ficou muito melhor. Tudo era mais demorado, mais difícil, mais trabalhoso. Então por que engolimos o almoço?
Então por que estamos sempre atrasados?
Então por que ninguém mais bota cadeiras na calçada?
Alguém pode me explicar onde foi parar o tempo que ganhamos?
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA: É...estamos ficando velhos e saudosos daquele tempo quando se podia sair à noite, reunir os amigos sob teto estrelado, sentar na calçada, comer um xis na madrugada e voltar vivos e alegres. Infelizmente, este "nosso" tempo não será o dos nossos filhos e netos.
Este é o diário virtual de Jorge Bengochea utilizado para tratar de temas amenos, saudáveis e pessoais. É uma trégua entre os embates no enfrentamento das múltiplas mazelas dos ineficientes sistemas político, jurídico, judicial, social, educacional, de saúde e de ordem pública vigentes no Brasil.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
O PEDREIRO
O PEDREIRO
autor desconhecido
Um velho pedreiro que construía casas estava pronto para se aposentar.
Ele informou o chefe, do seu desejo de se aposentar e passar mais tempo com sua família. Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.
A empresa não seria muito afetada pela saída do pedreiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao pedreiro para trabalhar em mais um projeto, como um favor. O pedreiro não gostou mas acabou concordando.
Foi fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia. Assim ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados. Quando o pedreiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa construída.
Depois de inspecioná-la, deu a chave da casa ao pedreiro e disse:
- "Esta é a sua casa. Ela é o meu presente para você".
O pedreiro ficou muito surpreendido. Que pena! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito tudo diferente...
O mesmo acontece conosco...
Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na sua construção. Depois, com surpresa, nos descobrimos que precisamos viver na casa que nós construímos. Se pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente. Mas não podemos voltar atrás.
Tu és o pedreiro. Todo dia martelas pregos, ajustas tabuas e constróis paredes. Alguém já disse que: "A vida é um projeto que você mesmo constrói". Tuas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a "casa" em que vai morar amanhã.
Portanto construa com sabedoria!
"Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião." Abraham Lincol
Mensagem enviada pelo irmão Gilmar Moraes Maia
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